Assim como na primeira passagem pela Seleção, Felipão estreia com derrota, desta vez para a Inglaterra, por 2 a 1

O Brasil deu o pontapé inicial na preparação para a Copa com uma derrota. Na reestreia do técnico Luiz Felipe Scolari, que começa agora a preparar o time para o Mundial de 2014, a Seleção Brasileira perdeu para a Inglaterra por 2 a 1, em amistoso disputado ontem, no estádio de Wembley, em Londres.

Jogadores brasileiros saíram cabisbaixos após serem derrotados pela Inglaterra, em Wembley. Time de Felipão perdeu um pênalti, com Ronaldinho Gaúcho, começou perdendo, conseguiu o empate, com Fred, mas sofreu o segundo gol 

Rooney e Lampard marcaram os gols da vitória inglesa, enquanto Fred descontou. Ronaldinho ainda perdeu um pênalti quando o jogo estava 0 a 0.

Em 2001, Felipão também estreou com derrota pela Seleção, contra um campeão do mundo e fora de casa: perdeu por 1 a 0 do Uruguai, em Montevidéu, pelas eliminatórias da Copa-2002.

Contratado no fim de novembro para substituir o demitido Mano Menezes, Felipão sabe que terá pouco tempo para preparar a Seleção. Por isso, ele manteve a base do seu antecessor, mas também buscou de volta veteranos como Julio Cesar, Ronaldinho e Luis Fabiano. Dos três, o meia do Atlético/MG teve uma atuação abaixo do esperado _ e não só pelo pênalti perdido. Luis Fabiano fez partida discreta e deu lugar para Fred ainda no intervalo. O goleiro Julio Cesar, por sua vez, foi o maior destaque brasileiro em Wembley: fez grandes defesas e mostrou a antiga segurança.

A primeira grande intervenção de Julio foi aos 10 minutos, em uma cabeçada de Rooney, mas o lance já estava parado pela arbitragem, que marcou falta.

Mesmo no primeiro gol da Inglaterra, aos 25, ele também fez milagre ao defender o chute de Walcott, mas Rooney aproveitou o rebote do goleiro e tocou com categoria para marcar.

Um pouco antes, o Brasil tinha perdido sua maior oportunidade, quando Ronaldinho Gaúcho tentou cruzar na área, a bola bateu na mão de Wilshere e o árbitro marcou pênalti. Ele próprio fez a cobrança aos 18 minutos, para a defesa de Hart.

A Inglaterra esteve perto de ampliar aos 43, mas Julio Cesar voltou a fazer grande defesa.

Empate e vacilo

No intervalo, Felipão fez as primeiras três mudanças no time, colocando o volante Arouca, o meia Lucas e o atacante Fred em campo. O Brasil voltou melhor para o segundo tempo, tanto que o empate não demorou.

Aos dois minutos, Lucas roubou a bola, após falha do zagueiro Cahill, e Fred chutou com categoria, na entrada da área, para marcar o gol brasileiro.

Em mais um erro na saída de bola, Fred mandou no travessão, mas, aos poucos, a Inglaterra voltou a equilibrar o jogo e a ameaçar o Brasil.

Aos 14 minutos, Lampard pegou o rebote na entrada da área, após um vacilo de Arouca, e chutou com categoria, sem chance de defesa para Júlio César.

Depois disso, a Inglaterra passou a controlar o ritmo da partida, evitando que o Brasil levasse muito perigo para Hart.

Para Felipão, nível físico decidiu o jogo

O técnico Luiz Felipe Scolari avaliou que a diferença de estágio físico entre os jogadores ingleses e brasileiros foi decisiva para a derrota por 2 a 1.

Apesar da formação titular ter contado com apenas quatro atletas que jogam no Brasil, Felipão entende que sua equipe estava em desvantagem física porque seus jogadores ainda estão em começo de temporada, ao contrário dos ingleses, que estão jogando desde agosto.

"Tivemos dificuldades físicas. A posse de bola foi igual, os chutes a gol também. Faltou um pouquinho na parte física. Mas só podemos avaliar a equipe a partir de março, quando já tivermos jogado sete partidas no Brasil".

Felipão também usou o aspecto físico para comentar a performance de Ronaldinho Gaúcho. "É normal que ele ainda não esteja nas condições que esperamos. Se continuar trabalhando normalmente, estará na próxima convocação fácil, fácil", avisou.

Enquanto elogiou a equipe inglesa, Felipão também lembrou que tem histórico ruim em estreias no comando de seleções (Kuwait, Brasil e Portugal), mas que sempre acaba conquistando alguma competição.