THIAGO BRAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Coritiba venceu o São Paulo por 2 a 0 nesta quarta-feira, eliminou o time paulista e chegou à sua segunda final da Copa do Brasil seguida. O São Paulo continua sendo o único time grande do Estado de São Paulo a não conquistar o torneio Nacional.

O time paranaense se aproveitou das falhas defensivas do São Paulo e é o primeiro finalista da Copa do Brasil 2012. Agora espera Palmeiras ou Grêmio na decisão. A equipe paulista venceu o jogo de ida por 2 a 0. O duelo de volta é nesta quinta-feira

O primeiro confronto da decisão acontecerá dia 4 de julho, e a finalíssima está marcada para o dia 11 do próximo mês.

O São Paulo queria voltar a uma final de campeonato após seis anos. A última final que o clube disputou foi na Libertadores de 2006, quando foi derrotado pelo Inter.

Mas, para isso, teria que superar um pequeno tabu, o que não conseguiu nesta noite. Das últimas quatro vezes que venceu o primeiro mata-mata pelo placar mínimo, ou seja, 1 a 0, foi eliminado no jogo de volta.

No ano passado, caiu na Copa Sul-Americana diante do Libertad do Paraguai, e para o Avaí, na Copa do Brasil. Em 2008, na Libertadores, foi eliminado pelo Fluminense, depois de vencer no Morumbi por 1 a 0, gol de Adriano.

A situação também aconteceu em 2007, quando caiu ante o Grêmio, nas oitavas de final da Libertadores.

Já o Coritiba confiava no seu ótimo retrospecto recente para avançar à sua segunda final consecutiva na Copa do Brasil --em 2011 foi derrotado pelo Vasco na decisão.

O time do técnico Marcelo Oliveira, está invicto em casa na competição nas edições 2011/12. Em casa, o time venceu todas as dez partidas que disputou e só não reverteu a vantagem da equipe carioca. Além disso, marcou 28 gols, média de 2,8 por partida, e sofreu somente cinco.

O técnico Emerson Leão promoveu uma troca para o jogo. Rodrigo Caio, volante de origem, ficou com a vaga do lateral direito Douglas. A alteração se deu por conta de os donos da casa jogar com uma formação mais ofensiva. O treinador Marcelo Oliveira deixou de lado os três volantes da partida do Morumbi e optou por escalar mais um meia. Saiu o volante Gil e entrou Rafinha para auxiliar Everton Ribeiro nas armações das jogadas de ataque. Na defesa, sacou Demerson e colocou Pereira para aumentar a estatura da sua zaga.

O São Paulo também não pôde contar com o zagueiro Paulo Miranda, expulso no primeiro jogo. Em seu lugar, entrou Edson Silva.

O jogo começou truncado, com faltas em demasia de ambos os times. O campo molhado dificultava o domínio dos jogadores. Era comum a bola escapar. A melhor saída eram os chutes de fora da área. Mas as duas equipes estavam com os pés descalibrados.

O São Paulo, como já vem acontecendo há um tempo dependia das suas individualidades na hora de criar. Lucas driblou três, invadiu a área e bateu, mas para fora.

O Coritiba apostava alto nas bolas aéreas. E foi assim que a equipe igualou o marcador na eliminatória. Cobrança de escanteio rápida. Cruzamento para Emerson, que subiu entre Rhodolfo e Edson Silva e cabeceou para abrir o placar.

O gol deu ânimo aos donos da casa, que pressionaram, mas viram Denis fazer duas boas defesas e evitar o segundo tento.

No segundo tempo as duas equipes voltaram cautelosas, sem saber se preferiam atacar ou esperar para contra-atacar.

O problema do São Paulo era que o time jogava muito afastado. Os jogadores não trocavam passes. Quando isso aconteceu, Jadson lançou Luis Fabiano na área, mas o centroavante tentou encobrir Vanderlei e mandou por cima do gol.

Só que aí a zaga do time paulista falhou novamente e o Coritiba conseguiu seu segundo tento. Aos 17min, Everton Ribeiro subiu sozinho, sem marcação, e deslocou Denis de cabeça para colocar os paranaenses em vantagem no confronto.

Leão mudou o seu time. Fez as alterações de praxe. Sacou Casemiro e Jadson para as entradas de Maicon e Fernandinho. Mas a equipe ficou nervosa. Deu de bandeja um contra-ataque para o Coritiba, que avançou com cinco jogadores contra apenas um, mas desperdiçou a chance de sacramentar a sua classificação para a final.

Marcelo Oliveira fez o caminho inverso de Leão. Trocou o atacante Roberto pelo volante Gil. Luis Fabiano, em cobrança de falta, obrigou Vanderlei a grande defesa, no ângulo. Depois o arqueiro salvou chute de Lucas.

Vendo que os visitantes cresceram no jogo, Marcelo Oliveira trocou seus homens de velocidade, Rafinha e Everton Ribeiro e colocou o experiente Lincoln para cadenciar o jogo e valorizar a posse de bola, e Rafael Silva.

Leão foi para o tudo ou nada. Sacou o lateral esquerdo Cortez e colocou o centroavante Willian José. O time precisava de um gol para conseguir a classificação.

Mas o placar se manteve inalterado e o Coritiba se classificou para sua segunda final seguida da Copa do Brasil.