Paysandu passa pelo Macaé e sobe para a Série B do Brasileirão
Papão perde por 3 a 2 para o Macaé, no Moacyrzão, mas se classifica para semifinal da Série C e à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro
Raphael Bózeo - Em Macaé (RJ)
A tradição prevaleceu e o Paysandu está de volta à Série B do Campeonato Brasileiro. A derrota por 3 a 2 para o Macaé, no Moacyrzão, neste sábado, nunca teve motivo para ser tão comemorada. Foi um jogo de tirar o fôlego para os mais de mil torcedores do Papão na Capital do Petroleo e os milhares no Pará e em todo o Brasil.
Uma classificação que reflete exatamente a tradição do Paysandu. A vitória no primeiro jogo por 2 a 0, no Pará, pelas quartas de final da Série C deixou a impressão que a classificação seria fácil. Mas não foi. Longe disso. O Macaé vendeu caro, e muito, a vaga na Segunda Divisão. O estádio parecia um caldeirão. Enquanto os paraenses faziam uma pequena festa em um lado do estádio, a torcida do Macaé - longe de ser apaixonada pelo clube - abraçou a causa e incentivou do início ao fim e jogou junto.
Uma partida de coração e estratégia. Levou a melhor quem teve o "algo mais" e soube jogar os dois jogos como se fossem um. O Macaé foi para cima para tirar a desvantagem no placar e o Papão brincou de perder gols. Até que o zagueiro Douglas Assim fez 1 a 0 para o time fluminense. O Macaé era vontade e o Paysandu, calma e muita malandragem.
No segundo tempo o jogo ficou ainda mais dramático. Não dava para tirar o olho um segundo sequer do campo. Jones aproveitou cruzamento e fez 2 a 0. Placar que faria o jogo ir para os pênaltis. Dramático mais uma vez. Mas a tradição falou mais alto. O Paysandu teve calma e em uma bobeada da defesa, Yago Pikachu marcou o primeiro gol. Alívio para um clube com tanta tradição.
Jones colocou fogo no jogo e fez o terceiro, mas logo depois Vanderson fez o segundo gol do Paysandu: 3 a 2. Um jogo que o Macaé jogou com espírito de um time com a tradição do Paysandu. A torcida jogou junto o tempo todo, mas o Papão também atuou como Paysandu e, como é o legítimo e tem uma história sensacional, levou a melhor.
Quem foi ao Moacyrzão viu festa do início ao fim, mas festa mesmo está em Belém, pelo menos até o fim do ano!
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