Rio de Janeiro quer duas provas da Fórmula 1 no Brasil
A estratégia inicial do prefeito do Rio, Eduardo Paes, não é a de brigar com São Paulo pelo direito de realizar a etapa brasileira da Fórmula-1, mas unir forças para que o país tenha duas provas no calendário mundial. Só depois de um insucesso dessa proposta é que o político carioca partiria para o confronto contra os paulistas.
São Paulo que se prepare, porque vou roubar a Fórmula-1 de lá - brincou Paes, na manhã desta sexta-feira, durante a cerimônia de cessão do terreno onde será construído o novo autódromo do Rio, pertencente ao Exército, em Deodoro, Zona Oeste, para o governo federal.
A nova pista é necessária porque o Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, será demolido para a construção do Parque Olímpico dos Jogos Rio-2016. E a previsão é a de que o novo complexo automobilístico carioca fique totalmente pronto em janeiro de 2015, sendo liberado para corridas estaduais em julho de 2014, mesmo ano em que termina o contrato de São Paulo com a Fórmula-1.
O LANCENET! apurou que Paes iniciará conversas com o chefe comercial da Fórmula-1, Bernie Ecclestone, para o Brasil, por exemplo, abrir e encerrar o calendário mundial. Ou mesmo ter o direito de realizar duas etapas consecutivas da categoria.
A estratégia pode funcionar porque Ecclestone já manifestou o desejo de ter 20 provas no calendário, que atualmente tem 19. E se a crise financeira europeia se prolongar, será mais um fator a favor do Brasil.
O empenho de Paes em não partir para o confronto direto com São Paulo é por causa da preocupação com suas pretensões políticas. Os principais líderes de seu partido, o PMDB, são paulistas e perder esse tipo de apoio pode atrapalhá-lo eleitoralmente no futuro.
Ter duas etapas de Fórmula-1 em um mesmo país não é novidade. Este ano, por exemplo, a Espanha realizou o seu GP e o da Europa. Mas para 2013 os espanhóis só realizão uma disputa.
Em compensação, os Estados Unidos poderão realizar dois GPs, em Austin, e o das Américas, em Nova Jersey, que ainda precisa ser confirmado. Nesse caso, o calendário chegaria a 20 provas em 2013.
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