Promotora analisa caso de Gabigol, do Flamengo, flagrado em cassino durante pandemia

À polícia, afirmou que saiu com amigos para jantar, sem saber que se tratava de um cassino

Gabigol em treino do Flamengo nesta segunda — Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

Autos foram encaminhados ao Ministério Público de São Paulo nesta segunda-feira

Por Leonardo Lourenço — São Paulo

O caso envolvendo o atacante Gabriel, do Flamengo, foi encaminhado nesta segunda-feira ao Ministério Público de São Paulo, que agora analisa os autos e decidirá se o jogador e outras 57 pessoas serão processadas pelo crime previsto no artigo 268 do código penal, de desrespeitar medida do poder público para evitar a propagação de doença contagiosa.

O jogador foi flagrado na madrugada de domingo em um cassino clandestino na Vila Olímpia, bairro nobre de São Paulo. No local estavam cerca de 300 pessoas, segundo policiais que fizeram a operação para combater aglomerações durante a pandemia de Covid-19.

Assim como os demais, Gabigol foi conduzido à delegacia de Investigações de Infrações Contra a Saúde Pública e prestou rápido depoimento. À polícia, afirmou que saiu com amigos para jantar, sem saber que se tratava de um cassino, e que decidiu deixar o local ao perceber aglomerações, mas foi surpreendido pela operação policial quando saía.

A versão é a semelhante à que ele deu ao Fantástico, em entrevista exclusiva veiculada no último domingo. Dois amigos do jogador contaram a mesma história. Gabigol estava acompanhado de um advogado.

O atacante estava em seu último dia de férias. Ele se reapresentou ao Flamengo nesta segunda-feira. Assim como os demais atletas, passou por exames de Covid-19 pela manhã.

O caso será analisado pela promotora Regiane Vinche Zampar Guimarães Pereira, do Jecrim (Juizado Especial Criminal) de São Paulo, que processa e julga crimes com pena inferior a dois anos – o artigo 268 prevê detenção de dois meses a um ano.

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