Jogador passa sangue no rosto de rival corre risco de suspensão

A procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) já entrou ação para solicitar a punição do volante Chicão, do Santa Cruz, expulso no último sábado por esfregar sangue no rosto de Esley, do Fortaleza, após ser atingido por uma cotovelada, durante partida válida pela Série C do Brasileirão.

Paulo Schmitt, procurador do STJD, já solicitou as imagens do incidente e a denúncia contra o atleta será feita ainda nesta semana. Ele será enquadrado no artigo 258 ("Assumir atitude contrária à disciplina ou à moral desportiva, em relação a componente de sua representação, representação adversária ou de espectador"), que prevê punição de uma a dez partidas de suspensão para o atleta.

Em rápido contato, Schmitt afirmou que a quantidade de jogos que Chicão pegará caso seja punido vai depender de quem o julgará. Ele classificou a atitude do volante como 'grave', mas com a ressalva de ter sido uma reação, já que perdeu a cabeça após ter levado uma cotovelada, que abriu seu supercilho.

"Para mim, o que interessa é o enquadramento. Minha parte eu vou fazer e vou denunciar. Cabe a quem for julgar ver se suspende ou não e por quantos jogos. É, sim, uma atitude grave, mas é fruto de uma agressão que ele recebeu", afirmou o procurador.

Esley, que acertou a cotovelada em Chicão, também será denunciado pelo STJD. Ele será enquadrado no artigo 254 ("praticar jogada violenta"), no qual a punição varia de um a seis jogos de suspensão para o atleta. Nesta segunda-feira, Esley falou ao UOLEsporte e disse que a cotovelada foi "lance de jogo", e que perdoava Chicão por ter passado sangue em seu rosto.

"A gente ainda não se falou. Eu procurei o contato dele e consegui, mas o rádio está desligado. Na primeira oportunidade que tiver, quero me desculpar. O lance foi sem querer", falou o jogador.