Presidente 'banca' Oswaldo de Oliveira no Bota: 'Nós o respeitamos muito'

Mauricio Assumpção rechaça hipóteses de queda do treinador antes do fim do ano e afirma que contrato com o comandante será respeitado

LANCEPRESS! - Rio de Janeiro (RJ)

O presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, garantiu que o técnico Oswaldo de Oliveira seguirá à frente da equipe alvinegra até o fim do ano, como prevê seu contrato. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, Mauricio rechaçou as hipóteses de que Oswaldo pudesse estar sob risco de demissão, apesar da série de seis jogos sem vitórias e de toda a pressão da torcida, que xingou e vaiou o técnico após a derrota para o Santos, nesta quarta-feira.

Mauricio concedeu coletiva ao lado do meia holandês Seedorf, na sala de imprensa do Engenhão. Coube ao mandatário alvinegro "bancar" a permanência de Oswaldo no time. Algo que, segundo o próprio presidente, já tinha sido conversado entre as partes após a derrota para o São Paulo, por 4 a 0, ainda em setembro:

- O Oswaldo tem contrato conosco até o fim do ano. Conversei muito com ele depois do jogo contra o São Paulo e disse a ele que o contrato seria respeitado, que nós o respeitamos muito. O que aconteceu na final do Carioca não foi à toa, jogamos muito bem. As pessoas esquecem disso, foi o Oswaldo que, fez isso. Em determinado momento, éramos o futebol mais bonito do país. Isso é uma evolução, precisamos qualificar a equipe.

Além de lembrar-se de atuações anteriores, o presidente não foi muito mais longe e chegou a citar o primeiro tempo da derrota diante do Santos como exemplo de bom trabalho de Oswaldo. Para Mauricio, o nervosismo do técnico santista, Muricy Ramalho, com o amplo domínio botafoguense nos primeiros 45 minutos - o Glorioso colocou três bolas na trave -, mostrou que a equipe fez uma boa exibição no princípio da partida.

- No primeiro tempo, o time não foi perfeito, mas o treinador adversário à beira de um ataque de nervos prova que nosso time tem qualidade. Quem cria o que nós criamos tem um esquema de jogo, e os jogadores compram essa ideia. Quem faz isso é o treinador. O Abel (Braga, técnico do Fluminense) mesmo disse que o time dele, no começo do jogo contra nós, mal viu a bola - enfatizou.

Em relação às críticas da torcida, Mauricio afirmou que compreende toda a pressão exercida pelos fãs, inconformados com a série negativa da equipe no Campeonato Brasileiro. No entanto, o dirigente disse que a análise da conjuntura interna não pode ter a interferência da torcida como fator principal a ser levado em consideração, afirmando que está sempre presente ao clube e que observa o que se passa dentro dos bastidores alvinegros:

- Quando o time começa a não ter resultado, a torcida vai reclamar mesmo, está no direito. Eu, como presidente, preciso ter a cabeça no lugar e analisar uma série de fatores. Mas a torcida não está aqui no dia a dia e não sabe muita coisa que acontece. Não sabe quem está gripado, com sinusite, problemas pessoais. Às vezes, o cara não tem condição de jogo e a torcida não sabe disso, não entende. Nós sabemos.