Gestão compartilhada do Castelão agrada e pode evitar licitação
Castelão "A parceria entre Ceará, Fortaleza e o Governo deve seguir para 2020
Gestão compartilhada do Castelão agrada e pode evitar licitação Por Alexandre Mota Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, o secretário de Esporte e Juventude do Estado, Rogério Pinheiro, afirmou que o atual modelo de administração seguirá em 2020, mas necessita de ajustes para ser definitivo [caption id="attachment_158724" align="alignleft" width="300"] Castelão pode não ter licitaçãoKid Junior[/caption] Quando a LuArenas encerrou o contrato da parceria público-privada (PPP) da Arena Castelão, em dezembro de 2018, um movimento inédito de cooperação foi criado no Estado do Ceará. A priori, paliativo, o Governo aceitou ceder o equipamento aos clubes de futebol nos dias dos jogos enquanto uma nova licitação era aprovada. O fato é que a experiência cresceu no decorrer do último ano, foi avaliada como sucesso pelos envolvidos e hoje deixa a necessidade de uma nova empresa em xeque. A conclusão é do próprio Rogério Pinheiro, secretário de Esporte e Juventude do Estado do Ceará (Sejuv). Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, o gestor da pasta declarou que o encerramento do processo licitatório, que atualmente está em vigor, depende apenas de uma proposta de equilíbrio financeiro das contas e gastos do estádio. "A parceria entre Ceará, Fortaleza e o Governo deve seguir para 2020. O nosso desafio agora é equilibrar as contas, fazer com que o equipamento não seja prejuízo. Não queremos lucro, apenas que a Arena Castelão se sustente sozinha. Se conseguirmos, a PPP pode não ser mais viável. Em 2019, no nosso primeiro ano, a parceria foi benéfica para o futebol cearense", explicou. No modelo de administração que entrou em vigor na temporada passada, os times exploravam financeiramente o estádio de forma plena (bares, estacionamentos, camarotes e venda de bebidas alcoólicas) no dia do evento, pagando 13% da renda bruta da partida ao Governo. Depois, devolviam ao poder público, que faz a manutenção estrutural. O plano da Sejuv, então, é acrescer um maior percentual de tributo sobre o arrecadado pelas equipes, além de promover mais shows na Arena Castelão. A pauta tem sido discutida desde o fim da Série A do Campeonato Brasileiro e pode ser definida nas próximas semanas, quando uma reunião será realizada para a reabertura do equipamento, prevista para o Clássico-Rei do dia 1º de fevereiro, válido pela Copa do Nordeste. Um passo importante no processo foi o aceito por parte das diretorias de Vovô e Leão em custear a manutenção de quatro mil cadeiras do Castelão, em investimento total de cerca de R$ 1,4 milhão - cada assento custa R$ 350. O movimento permite que a capacidade de público do estádio seja ampliado para 56 mil. Dessa forma, o Governo pretende, através de uma licitação, instalar as restantes para deixar o equipamento novamente com 60.903 lugares. Chance de licitação Caso os gastos da Arena Castelão não sejam amenizados, a proposta de licitação seguirá em curso. A abertura da concessão internacional tem valor global de R$ 214 milhões, com 20 anos de duração. Uma das pendências no contrato estudado é a incorporação da venda de bebidas por parte da empresa licitada. A Sejuv também deseja que o gestor desempenhe um trabalho de administração partilhado com as atividades do Centro de Formação Olímpica, estrutura que fica ao lado da Arena Castelão. A PPP não garante, no entanto, que um evento festivo seja cancelado em detrimento de uma partida de futebol, o que pode impactar no calendário esportivo dos clubes. diariodonordeste.verdesmares.com.br
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