Por dívida com Jorge Henrique, decisão impede Vasco de registrar atletas na CBF
Jorge Henrique atualmente defende o Náutico
Por dívida com Jorge Henrique, decisão impede Vasco de registrar atletas na CBF Atacante no Náutico aciona Câmara Nacional de Resolução de Disputas por conta de uma dívida de cerca de R$ 1 milhão; Diretoria de Registro e Transferência ainda não foi comunicada de forma oficial Por Daniel Gomes e Hector Werlang — Recife e Rio de Janeiro [caption id="attachment_158431" align="alignleft" width="300"] Jorge Henrique atualmente defende o Náutico — Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press[/caption] O Vasco não cumpriu o acordo de pagar uma dívida de aproximadamente R$ 1 milhão com o atacante Jorge Henrique, que deixou o clube em 2017 e atualmente está no Náutico. Por conta da pendência, a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) decidiu que o Cruz-Maltino está impedido de registrar atletas na CBF. A Diretoria de Registro e Transferência, porém, ainda não foi comunicada de forma oficial do caso. A informação foi publicada inicialmente pelo UOL e, posteriormente, confirmada pelo GloboEsporte.com. Foi em 17 de dezembro que a CNDR publicou a decisão. Na época, o órgão concedeu prazo até o dia 20 de dezembro para a quitação da pendência. O Vasco havia programado o pagamento, porém, por conta da dificuldade financeira que enfrenta, não o confirmou. Procurado pelo GloboEsporte.com, o clube informou que trabalha para resolver a questão. Até o momento, o Vasco fez uma contratação para a temporada 2020: o atacante argentino German Cano, que estava no Independiente de Medellín. Ele chegou ao Rio na noite de segunda-feira e foi recebido com grande festa da torcida. Por conta do trâmite burocrático, a equipe de São Januário estima ter a documentação necessária para registrá-lo apenas no dia 10 de janeiro. É quando abre a janela de transferências internacionais. Consultada pelo GloboEsporte.com, a CBF informou que a Diretoria de Registro e Transferência ainda não foi comunicada de forma oficial da decisão da CNRD - o recesso de final de ano na entidade terminou no último domingo. Trata-se de um trâmite interno de envio de documentação. Quando isto ocorrer e se até lá o Vasco não tiver solucionado a pendência, terá bloqueado o acesso ao sistema de registro de atletas. O acordo não cumprido Jorge Henrique, campeão carioca em 2015 e 2016, fez dois acordos com o Vasco para receber atrasados - o primeiro na gestão Eurico Miranda. Depois de cessar o pagamento das parcelas, o jogador aceitou fazer nova combinação, esta segunda sob mandato de Alexandre Campello. Mas o pagamento não foi quitado conforme o combinado e então o atleta entrou na CNRD. A inadimplência gerou multas e juros sobre o montante em atraso. O primeiro acordo foi feito em julho de 2018. Em dezembro do mesmo ano, o Vasco deixou de pagar. Então, em novembro do ano passado, a CNRD aplicou uma advertência e exigiu ao clube carioca o cumprimento do acordo de maneira integral até o dia 2 de dezembro de 2019. O Vasco, então, solicitou o prazo adicional de cinco dias para o cumprimento da obrigação. No dia 10 de dezembro de 2019, pediu mais 72 horas. A relatora da CNRD, Ana Beatriz Macedo, na Ordem Processual número 2, que determinou a punição, ressaltou que se o Vasco não pagasse o valor integral a Jorge Henrique até o dia 20 de dezembro, o órgão iria "aplicar ao clube a sanção de proibição de registrar novos atletas pelo período determinado de seis meses". - O Vasco não honrou o acordo feito quando do término do contrato com o Jorge Henrique. Então, foi dada entrada na CNRD e foi feito mais um acordo para pagamento do saldo em 22 parcelas. Mas em dezembro de 2018 deixaram de pagar. Não pagaram mais nada e tampouco nos deram alguma previsão. Por isso, houve a decisão de proibir a inscrição de mais atletas. Momento agora é de aguardar o pagamento e, caso não ocorra, vamos estudar o que fazer - disse o advogado Bruno Castello Branco, que representa Jorge Henrique. Das 22 parcelas, o Vasco pagou cinco. Jorge Henrique defendeu o Vasco entre 2015 e 2016, sendo bicampeão carioca, mas rebaixado no Campeonato Brasileiro de 2015. Pela quipe, fez 65 jogos e marcou quatro gols. Caso semelhante Curiosamente, o Náutico sofreu com algo bem parecido há pouquíssimo tempo. Por causa de dívidas com o ex-técnico Milton Cruz e o seu auxiliar técnico, Ivan Izzo (cerca de R$ 500 mil), o clube também ficou sem poder inscrever jogadores. Milton e Ivan ainda aceitaram dividir o valor em poucas parcelas, o que ainda era considerado "pesado" para o clube. Só em 18 de dezembro de 2019 foi que as duas partes chegaram a um acordo e agora o Náutico espera a resposta da CBF para poder inscrever os atletas contratados e os que renovaram contrato. globoesporte
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