Presidente da CBF apoia abertura do futebol brasileiro para investidores estrangeiros

CBF quer apresentar novo projeto até o final do ano

Presidente da CBF apoia abertura do futebol brasileiro para investidores estrangeiros Rogério Caboclo diz que investimento é importante para reduzir diferença com clubes do exterior Por Sérgio Rangel — Rio de Janeiro [caption id="attachment_155821" align="alignleft" width="300"] Rogério Caboclo na sede da entidade — Foto: Lucas Figueiredo/CBF[/caption] O presidente da CBF, Rogério Caboclo, defendeu nesta sexta a abertura do futebol nacional para estrangeiros. A declaração foi dada logo após a convocação da Seleção olímpica. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já anunciou que pretende apresentar até o final do ano um projeto de lei para abrir os clubes ao investidores estrangeiros. Desde o final do mês passado, Maia está percorrendo clubes e entidades esportivas debatendo o assunto. - É um processo importante para trazer dinheiro pro futebol e reduzir a diferença com o exterior - disse o presidente da CBF, que já havia defendido a proposta no seu discurso de posse e também pretende estimular a chegada de novos investidores nacionais. Maia quer criar incentivos para os times se tornarem empresas. O assunto já foi discutido com o ministro da Fazenda, Paulo Guedes. O deputado é favorável ao modelo adotado pelos grandes clubes europeus. O Paris Saint-Germain, o Liverpool e o Manchester City são controlados por grupos estrangeiros. O deputado disse que a intenção é oferecer incentivos tributários para os times aderirem ao novo formato. Um dos incentivos seria transição de três até cinco anos sem pagar imposto. Ao ser questionado sobre o projeto de Maia, Caboclo preferiu ser político e não quis comentar detalhes. - O Rodrigo Maia tem a qualidade para decidir esses pontos. Não é nosso papel pedir nada (em termos tributários) - disse Caboclo, ao ser perguntado sobre os detalhes do projeto. O presidente da CBF disse que não existe a possibilidade do projeto de lei obrigar os clubes a se tornarem empresa. Segundo ele, a Constituição não permite. O governo já tentou obrigar os clubes a se tornarem empresas, mas não conseguiu. Nos anos 90, a Lei Zico foi aprovada com a obrigatoriedade. No ano seguinte, com os cartolas se recusando a aderirem ao novo modelo, uma emenda tornou opcional a transformação do clube em empresa.

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