Empate trava embalo da Ponte e confirma reação do Figueirense
Catarinenses não perdem há três jogos, mas lamentam pontos perdidos
Ponte Preta e Figueirense fizeram na noite deste sábado um jogo digno do bom momento das equipes no Campeonato Brasileiro. A Macaca saiu na frente, levou a virada do Figueira ainda no primeiro tempo, mas foi buscar a igualdade na segunda etapa. No fim, o empate em 2 a 2 no Moisés Lucarelli, em Campinas, travou o embalo dos campineiros e confirmou a reação dos catarinenses, que lamentaram deixar escapar dois pontos. Giancarlo e Marcinho fizeram os gols dos mandantes, e Aloisio e Caio marcaram para os visitantes.
A Ponte perdeu a oportunidade em casa de conquistar a terceira vitória consecutiva. Por outro lado, completou o quinto jogo de invencibilidade. O Figueirense, por sua vez, chegou à terceira partida sem derrota sob o comando de Márcio Goiano e volta para Florianópolis com um ponto importante na luta contra o rebaixamento.
- Infelizmente, hoje, desconcentramos um pouquinhos e tomamos um gol de bola parada enquanto vínhamos bem - comentou Marcinho, que, na ausência de Edson Bastos, foi o capitão do time e fez seu primeiro gol pela Macaca no Majestoso.
Do lado do Figueirense, o goleiro Wilson lamentou que o time tenha deixado escapar a segunda vitória seguida. Os catarinenses venciam até os 33 minutos do segundo tempo, quando Marcinho deixou tudo igual em uma cabeçada perfeita.
- Mais uma vez deixamos a vitória escapar. Mais uma vez na frente. Na nossa situação, qualquer empate nao é bom resultado. Mas, mais uma vez a equipe aguerrida, mostramos poder de reação, que estamos vivos na competição - disse Wilson.
O resultado deixa a Macaca com 31 pontos, na décima colocação. Na parte de baixo da tabela, o Figueira ocupa a vice-lanterna, com 19 pontos, a cinco do Bahia, o primeiro fora da zona de rebaixamento. Os dois times voltam a campo quarta-feira. A Macaca visita o Corinthians, enquanto o Figueirense recebe o Cruzeiro. Ambas as partidas estão marcadas para as 19h30m (horário de Brasília).
Bolas paradas decidem primeiro tempo
O início do primeiro tempo refletiu o bom momento de Ponte Preta e Figueirense, com muita movimentação. O Figueira, porém, perdeu um dos seus principais jogadores logo de cara. Com uma lesão muscular, Fernandes deixou o campo para a entrada de Ronny. O prejuízo dos catarinenses aumentou na sequência.
Após uma cobrança de falta fechada de Marcinho, Giancarlo se antecipou a Wilson e abriu o placar, aos oito minutos. Mas a vantagem campineira durou pouco. Tudo começou num erro de passe de André Luis dentro da área de defesa do Figueirense. Caio dominou no meio, arrancou e só foi parado por Baraka com falta na entrada da área.
Na cobrança, a bola desviou na barreira. Mas no escanteio, Aloisio deixou tudo igual, também de cabeça. Ele apareceu sozinho na segunda trave e, mesmo desequilibrado, mandou no ângulo direito de Roberto, aos 13. Após os gols, no entanto, o ritmo do jogo caiu. A quantidade de passes errados prejudicava as jogadas ofensivas.
Sem conjunto, o jeito era apostar na individualidade. Foi assim que Aloisio levou perigo aos 30 minutos após dominar na linha de fundo, driblar Tiago Alves, ganhar dividida de Baraka e bater cruzado. A bola passou pela pequena área sem ninguém encostar. Nikão tentou responder para a Macaca em chute da entrada da área que passou perto da trave.
No fim, os times voltaram a mostrar o futebol competitivo dos primeiros minutos. Pela Ponte, André Luis obrigou Wilson a fazer difícil defesa após finalização rasteira da entrada da área. Mas o Figueirense foi mais eficiente. No último lance da primeira etapa, Caio colocou os visitantes na frente.
Ele começou e terminou o lance. Depois de sofrer falta dura de Diego Sacoman na ponta esquerda, o atacante foi para a área e aproveitou o bate e rebate para virar. Após cruzamento, a bola sobrou para João Paulo, que pegou mal, mas levou sorte, já que o erro virou um passe. Atento, Caio se antecipou a Roberto e empurrou para a rede.
Macaca pressiona e arranca o empate
Para o segundo tempo, Gilson Kleina voltou com Rildo no lugar de André Luis. E foi dele o primeiro lance de perigo da etapa final, aos 12 minutos. Após cobrança de escanteio de Marcinho, o atacante testou no chão, consciente. Wilson só torceu para a bola sair.
Kleina fez nova aposta para buscar o empate e trocou esquema com a entrada do lateral-direito Gerônimo e a saída do zagueiro Tiago Alves. A Macaca foi para cima do Figueira, que esperava um contra-ataque para matar a partida. A estratégia da Ponte surtiu mais efeito. Aos 25, Nikão aproveitou linda jogada de Rildo e soltou a bomba. Wilson espalmou.
No escanteio, uma cabeçada de Ferron parou no travessão, com Wilson já batido. Na sequência, Kleina lançou a Ponte toda para o ataque ao colocar Roger no lugar do volante Baraka. Em um dos seus primeiros lances, Roger deixou Nikão de frente para o gol, na marca do pênalti, mas o meia foi atrapalhado pelo gramado e isolou, desperdiçando boa chance de marcar. Mas Nikão se redimiu aos 33, quando colocou a bola na cabeça do baixinho Marcinho, que subiu com estilo e testou firme: 2 a 2.
A Macaca continuou no ataque após o empate, mas o Figueirense também teve suas oportunidades, em duas bombas de Júlio César defendidas por Roberto. Os minutos finais foram de pressão da Ponte, mas não adiantou. Elsinho garantiu o empate ao salvar em cima da linha uma cabeçada de Giancarlo após cobrança de escanteio.
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