Acusados de corrupção, Marin e outros dirigentes da Fifa são presos
José Maria Marin, vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi preso na Suíça, na manhã desta quarta-feira, ao lado de outros seis dirigentes da Fifa
foto: gazetaesportiva.net José Maria Marin, vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi preso na Suíça, na manhã desta quarta-feira, ao lado de outros seis dirigentes da Fifa. As detenções são resultado de uma investigação do FBI sobre corrupção na entidade máxima do futebol envolvendo acordos de marketing, venda de direitos de transmissão de eventos e na escolha de sedes da Copa do Mundo. Além de Marin, foram presos o presidente da Concacaf e vice-presidente da Fifa, Jeffrey Webb; o presidente da Federação da Costa Rica, Eduardo Li; ex-funcionário da Federação da Nicarágua, Julio Rocha; o ex-vice presidente da Conmebol e antigo mandatário da Federação Uruguaia, Eugenio Figueredo; o presidente da Federação Venezuelana de Futebol, Rafael Esquivel; e o ex-dirigente da Federação das Ilhas Cayman Costas Takkas. De acordo com o New York Times, estes dirigentes estão envolvidos em casos de suborno e corrupção desde 1990 que somam US$ 150 milhões em território norte-americano. Por isso, o FBI conduziu a investigação, e as autoridades suíças realizaram as prisões em um hotel de Zurique, a pedido do Departamento de Justiça norte-americano, e extraditarão os detidos aos Estados Unidos. "O indiciamento sugere que a corrupção é dominante, sistêmica e enraizada no exterior e nos Estados Unidos", afirmou a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch No total, 14 pessoas foram indiciadas no caso. Os outros são Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol, e os empresários Aaron Davidson, Alejandro Burzaco, Hugo e Marianko Jinkis e José Margulies. No mesmo dia que investigadores do FBI foram à sede da Concacaf para esmiuçar a procura por novos indícios de envolvimento nos casos de corrupção, o ex-presidente da entidade, Jack Warner, que deixou o cargo em 2011, isentou-se de qualquer culpa no caso. "As pessoas de Trinidad e Tobago sabem que deixei de me filiar a Fifa há quatro anos. Sou inocente de todas as acusações, tenho andado longe das políticas do mundo do futebol para mergulhar nas questões do meu país", falou. O brasileiro José Hawilla, dono da empresa de marketing esportivo Traffic, foi indiciado em dezembro passado por conspiração de fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça na investigação norte-americana. Considerado culpado, ele concordou em devolver mais de US$ 150 milhões. Também na manhã desta quarta-feira, a justiça da Suíça iniciou uma investigação criminal sobre corrupção na escolha da Rússia e do Catar como sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente. O dirigente de comunicação da Fifa, Walter Gregorio, garantiu, em coletiva nesta manhã, que nem Joseph Blatter, presidente da Fifa, nem Jerome Valcke, secretário-geral da instituição, estão envolvidos no processo. A entidade garantiu ainda que não mudará o cronograma das eleições presidenciais, marcadas para esta sexta-feira. Zurique (Suíça)
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