Seleção passa fácil pela Argentina e vai para a semifinal no vôlei masculino

O Brasil não tomou conhecimento da vizinha Argentina e venceu com extrema facilidade o duelo desta quarta, pelas quartas do torneio olímpico de vôlei masculino. Muito superior ao time rival, o time de Murilo, Bruninho e companhia fez 3 sets a 0 (25-19, 25-17 e 25-20) e encerrou uma sequência ruim contra os rivais na competição, mas terá de lidar com a possível lesão de Leandro Vissotto.

O oposto, que vinha sendo titular do time, machucou-se no primeiro set. Depois de um ataque, ele colocou a mão na virilha, saiu de quadra chorando e ficou sentado no canto da quadra aplicando gelo no local, visivelmente abatido. Por enquanto, ainda não se sabe a gravidade do problema e se ele jogará a semifinal da próxima sexta, contra Estados Unidos ou Itália.

Só que a ausência dele não mudou o histórico da partida desta quarta. O Brasil, dominante no vôlei na última década, vinha de três derrotas incômodas para a Argentina em Olimpíadas. Em 1988, 1996 e 2000, a seleção perdeu diante dos vizinhos, sendo duas delas eliminações bastante doloridas.

O tabu olímpico contrariava o histórico entre os dois times. Antes do jogo desta quarta, haviam sido realizados 34 jogos entre as seleções, com só três derrotas brasileiras, todas elas na competição mais importante do mundo. Desta vez, no entanto, o Brasil não deu chance.

Após um início de confronto equilibrado, em que os argentinos chegaram a liderar momentaneamente o placar, o jogo brasileiro logo encaixou com um bom passe e os comandados de Bernardinho dominaram a partida. Duas sequências de saque, uma com Lucão e outra com Bruninho, deram a vantagem de cinco pontos à seleção, que daí em diante só levaria sustos com as ameaças de lesões.

Wallace, que entrou no lugar de Vissotto, sentiu uma pancada na canela em um lance em que tentou salvar uma bola e acertou uma placa de publicidade. Dante, pareceu sentir o joelho direito em uma disputa de bola na rede, mas voltou à quadra após um tratamento rápido no banco de reservas durante um tempo técnico. Sem perder mais ninguém, a equipe fechou com folga por 25 a 19.

No segundo set, o mesmo roteiro. A Argentina ameaçou ficar colada no início, mas perdeu a concentração no meio do set e viu o Brasil se distanciar. Murilo, com aproveitamento muito alto no ataque e fazendo pontos até no bloqueio, era o destaque do time que fez 25 a 17 em apenas 24 minutos.

A parcial decisiva, no entanto, acordou os argentinos, que começaram bem como em todos os sets, mas demoraram mais a perder espaço no placar. Até o 15º pontos, os dois times trocaram pancadas, a vantagem não passou de um ponto e o jogo passou pelo seu momento mais equilibrado. Só que a Argentina não conseguia passar à frente, especialmente pelo seu mau desempenho na linha de saque. Até o meio do quarto set, o time já havia errado nada menos que dez serviços.

Depois do 17º pontos, os erros foram cobrados. O Brasil, melhor tecnicamente, deu o bote, abriu três pontos de vantagem e não teve trabalho para fechar em 25 a 20.