Janela para o futebol árabe fecha nesta quarta. Diretoria do Verdão só admite ter sondagens pelo jogador e garante querer mantê-lo

LANCEPRESS!

São Paulo (SP)

O gerente de futebol César Sampaio foi até a sala de imprensa da Academia de Futebol para tentar resolver mais um assunto complicado no Palmeiras. Dessa vez, o foco é o meia Valdivia. O dirigente garantiu que a intenção do clube não é negociar o jogador. Mesmo assim, deixou em aberta a possibilidade de ele sair caso apareça uma proposta boa.

Com uma proposta do Qatar, o Mago está indeciso. O problema é que a janela de transferências para as agremiações do futebol árabe fecha nesta quarta-feira.

A possibilidade de negociação existe caso o meia diga que não há mesmo como ficar e os valores apresentados sejam considerados bons. Internamente, comenta-se que 6 milhões de euros seria um valor ideal para fechar o negócio (cerca de R$ 15 milhões).

- Valdivia querendo e chegando um valor que atenda os interesses do Palmeiras, o tempo não é problema, não. Já vi negociação de cinco, dez minutos. O negócio do Obina mesmo eu fiquei cinco, seis meses, e foi resolvido em duas horas. Quando os pilares são respeitados, aí é rápido – afirmou Sampaio.

A situação do Mago, que parecia estar tranquila, pelo menos para a diretoria, parece ter se tornado uma novela. Como o jogador voltou a ter a mesma rotina durante os jogos e treinos, os dirigentes acreditavam que tudo já tinha sido resolvido.

Mesmo contente no clube, Valdivia tem sentido falta de sua esposa e filhos. Desde o sequestro relâmpago sofrido no dia 7 de junho, os familiares do jogador estão no Chile. E não existe a possibilidade de eles voltarem ao Brasil nesse momento. Assim, a diretoria reconhece que a situação fica um pouco mais difícil e até entende o lado do Mago.

- Está difícil mesmo. Eu mesmo não conseguiria ficar sem a família. Joguei no Japão e levei minha esposa, minhas filhas. O convívio familiar é importante para o atleta, essa descarga emocional, é onde você carrega a bateria também – analisou Sampaio.

- Tem sido muito difícil para o Valdivia mesmo essa ausência da família, mas pensei que a esposa dele já estava um pouco mais calma, e a gente estava trabalhando na estratégia de quando ela chegaria. Vamos ter de voltar um pouco atrás. Acho que a saída do Valdivia, se for insustentável, tem um custo para o Palmeiras pelo investimento que nós fizemos – completou.