Técnico do Leão estuda deixar Corrêa na reserva no jogo contra o Icasa

ESTADUAL

No Túnel do tempo

De início de campeonato extremamente promissor, as coisas subitamente se tornaram difíceis para o Fortaleza no Estadual deste ano. O confronto com o Icasa, neste sábado às 17 horas, no PV - quando terá de vencer por dois gols de diferença, enche os tricolores de ansiedade.

Mas se os homens que fazem o Leão resolverem olhar um pouco para a história do clube, verão que o time superou situações muito parecidas, inclusive diante do mesmo Icasa.

Voltando no tempo, o Tricolor pode encontrar o exemplo do Campeonato Cearense de 2005. Se agora o Leão está fazendo uma das semifinais do campeonato de 2014 frente ao Verdão do Cariri, em 2005, ambas as equipes disputaram a final.

O torcedor leonino não deve gostar muito do que o time passou naquele ano, nos duelos com o time juazeirense, mas é preciso que se diga que, em 2005, o atacante Alcimar era "O Cara" quando o assunto era complicar a vida do Fortaleza.

A defesa tricolor teve sérios problemas para marcar o jogador, pois não havia partida contra o time do Pici em que ele não tivesse atuação destacada.

No Castelão

O Fortaleza teve a seu favor o fato de que as duas partidas da final de 2005 foram realizadas na capital cearense, pois o regulamento assim o previa. O fato é que o Leão perdeu por 3 a 1 no Romeirão no jogo de ida das semifinais do Estadual de 2014. Em 2005, o Fortaleza havia perdido pelo mesmo placar.

Voltando ao primeiro jogo da decisão daquele ano, Alcimar só faltou fazer chover. Fez os três gols do Verdão e saiu de campo consagrado. A opinião pública já pendia para o time de Juazeiro, considerando que ele já estava com a taça na mão.

Foi aí que começou a reação tricolor. O clube havia contratado o técnico Wagner Benazzi para substituir Dorival Júnior, que foi o treinador do primeiro turno. As coisas começaram a clarear. Resultado: no segundo jogo, o Leão venceu o Icasa por dois gols de diferença, exatamente do que precisa agora.

Foi 1 a 0 no tempo normal e 1 a 0 na prorrogação. Entre vários detalhes, havia uma diferença considerável. Os dois gols do time da Capital foram marcados por um certo baixinho, que já fez muito pelo clube: Clodoaldo. Foi dele o primeiro gol no tempo normal e o segundo, na prorrogação, após passe milimétrico de Mazinho Lima.

É bom recordar que o Leão não tinha apenas Clodoaldo, mas outros jogadores de qualidade, tais como o goleiro Bosco, o zagueiro Ronaldo Angelim, os volantes Erandir e Dude e os meias Mazinho Lima e Igor.

Remanescentes

Do elenco atual, não existe nenhum jogador remanescente daquela época, mas em outros departamentos permanecem profissionais que estavam no clube há nove anos. São os casos do diretor médico atual, Glay Maranhão, e do preparador de goleiros, Salvino. Este se recorda daqueles momentos difíceis.

"O Fortaleza tinha feito um bom time naquele ano, no qual seu principal jogador era o goleiro Bosco, em grande fase. Acontece que o Bosco se machucou e não jogou a partida final. Eu indiquei o Albérico. Tivemos também a felicidade de o Clodoaldo sair do banco de reservas para fazer os gols da nossa conquista. Foi um momento muito difícil para todos nós da época, mas conseguimos reverter. Estamos precisando disso agora e com certeza aquele campeonato ficou marcado na nossa memória como incentivo", disse ele.

Chamusca se mostra em dúvida entre Guto e Corrêa

Quando o time do Fortaleza já parecia escalado para o jogo deste sábado contra o Icasa, às 17 horas, no PV, pela semifinal do Campeonato Cearense, subitamente o técnico Marcelo Chamusca aparece com uma dúvida: Corrêa ou Guto na cabeça-de-área? Só hoje é que ele vai tirar essa incerteza de sua cabeça.

Corrêa havia assumido a posição de titular do próprio Guto, quando mostrou um futebol de primeira linha ao lado de Walfrido. Mas só foi o Leão perder dois jogos seguidos, um para o Ceará e outro para o Icasa, para que o treinador surgiu com essa interrogação no meio-campo.

Segundo o técnico confidenciou a um setorista, ele quer uma saída de bola mais rápida para o ataque, característica que é mais presente em Guto que em Corrêa, que tem uma característica mais de toque refinado.

Marcelo Chamusca orientou treino coletivo na tarde de ontem, quando montou a equipe, deixando em aberto esta dúvida. A formação principal foi a seguinte: Ricardo; Tiago Cametá, Eduardo Luiz, Max Oliveira e Radar; Walfrido, Corrêa (Guto), Edinho e Marcelinho Paraíba; Robert e Waldison.

O lateral-esquerdo Fernandinho fez exame na parte posterior da coxa esquerda e não foi constatada nenhuma lesão séria. Hoje, ele inicia os trabalhos de transição, mas como está sem treinar há uma semana, não será relacionado para a partida de amanhã.

Ivan Bezerra
Repórter