Renato se diz à vontade, perto do 200º jogo em Brasileiros
Vinícius Perazzini
Rio de Janeiro (RJ)
Fim de treino, sexta-feira. Renato foi o último titular a sair de campo. Parecia radiante, característica que se confirmou em entrevista exclusiva ao LANCENET! na saída da atividade. O volante está animado pela proximidade de atingir isoladamente a melhor fase em assistências dadas por ele. Já são seis desde janeiro, igualando o mesmo número feito pelo Sevilla, da Espanha, na temporada 2008/2009. Além disso, este domingo será dia de completar 200 jogos no Brasileirão. Isso após sete anos fora.
O ambiente que envolve a partida contra o Fluminense é visto de maneira especial por Renato, que aos 33 anos se mostra empolgado por aliar longevidade e alto desempenho ao mesmo tempo. De contrato com o Glorioso até junho de 2014, ele planeja títulos e cada vez mais dados positivos.
O que representa para você os 200 jogos em Campeonatos Brasileiros, marca que virá no jogo de domingo?
É uma marca importante, estou feliz por ela. Procuro jogar o máximo que posso. Meu objetivo é ajudar dentro de campo. Espero poder atingir muitas outras marcas com a camisa do Botafogo. Alcançar esse jogo 200 é mostra de que tenho dado sequência a um trabalho sério aqui dentro do clube. Espero que essa conquista pessoal possa alavancar o Botafogo a brigar pelo título e por uma vaga na Libertadores.
Você jogou seu primeiro Brasileirão em 1996 e atuou pelo Sevilla de 2004 até 2011. Dava para imaginar fazer uma história longa no Brasil e na Europa?
Sempre faço o máximo pelos clubes que defendo. Foram sete anos longe, 204 partidas pelo Campeonato Espanhol. É representativo. Participei de dois campeonatos que com certeza são os melhores do mundo. Essas experiências só trouxeram coisas positivas para minha vida. Guardo com carinho toda essa bagagem.
É o seu 11º Brasileirão e o Botafogo foi sua casa em 38 jogos. Apesar de ter só um ano de casa, o clube já mora no seu coração?
Sou grato por tudo que o Botafogo tem me proporcionado, pelo carinho da torcida. Desde minha apresentação, tenho recebido um tratamento especial. Vim para um clube grande e já sabia que teria enorme responsabilidade em defender o Botafogo. Quero seguir ajudando o clube, sempre almejando títulos. Tudo o que um grande clube deseja são muitos títulos.
Ao que se deve o grande número de jogos no Brasileirão?
Acho que pelo fato de eu ter poucas lesões. Dependendo da lesão, o jogador fica fora por muito tempo e prejudica o time. A gente anda lado a lado com a possibilidade de lesão, pois o futebol é feito de contato físico. A falta de lesões graves é preponderante para a boa marca.
Você tem seis assistências em 2012 e está perto da melhor marca isolada na carreira. Qual é o segredo da sua movimentação?
Estou muito à vontade no sistema tático (4-2-3-1), o professor Oswaldo dá liberdade. É claro que tenho a função de defender, ajudar na marcação, mas posso ir ao ataque. No jogo, às vezes faço revezamento com um meia. Um desce para receber a bola e eu consigo subir ao ataque, tudo de maneira equilibrada. Eu procuro fazer essa troca, vejo como algo bem positivo.
Como seguir achando o caminho certo nas assistências depois de tantas mudanças na equipe?
Mudaram algumas peças, mas estou bem entrosado. Chegaram jogadores novos de grande qualidade e espero com eles ultrapassar logo a marca feita no Sevilla.
Dá para sentir que os rivais têm dificuldade contra o Bota?
A gente tem uma variação muito grande de jogadas no ataque. Essa movimentação é boa para confundir os adversários e temos conseguido fazer isso. A gente não pode ser tão previsível e temos conseguido abrir espaços, aproveitar. Tem dado certo. É preciso se reinventar a cada jogo. E temos feito muito bem isso.
Você e Seedorf nunca receberam cartão vermelho. Como será essa dupla disciplinada?
É um rótulo bom, que eu e ele vamos tentar manter. Certamente vamos conseguir nos entrosar o mais rapidamente possível.
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