Pacaembu recebe 6ª final de Libertadores, mas com fama de pé frio para os paulistas

RAFAEL VALENTE
VINÍCIUS BACELAR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O palco da decisão da Libertadores é considerado a casa corintiana, apesar de pertencer a prefeitura. Tem sido assim desde que o local foi inaugurado, em 1940.

No entanto, o estádio tem fama de pé frio quando o assunto é final de Libertadores. Até hoje recebeu cinco edições e em apenas uma viu um campeão nacional.

Foi no ano passado quando o Santos enfrentou o Peñarol, do Uruguai. Depois de empatar o primeiro duelo sem gols em Montevidéu, o time paulista venceu por 2 a 1 --gols de Neymar e Danilo-- e ficou com o título sul-americano.

O Peñarol foi justamente o primeiro estrangeiro a faturar a taça mais cobiçada do continente no estádio municipal. Foi em 1961, ano em que duelou com o Palmeiras. Após vencer no Uruguai por 1 a 0, assegurou o troféu com um empate por 1 a 1.

De acordo com Folha do dia 13 de junho de 1961, dois dias após a final, o Palmeiras dominou o Peñarol, mas não conseguiu finalizar com a mesma intensidade. A reportagem ainda fala de uma infelicidade do goleiro Valdir no tento sofrido e de arbitragem ruim.

Em 2002, o paraguaio Olímpia derrotou o São Caetano, surpresa no torneio, na disputa por pênaltis por 4 a 2. O curioso é que o time do ABC havia vencido em Assunção por 1 a 0 e podia empatar no Pacaembu para faturar a taça. Perdeu por 2 a 1, de virada.

Nas outras duas edições, o Pacaembu não foi o palco do último jogo do torneio. Apesar de ser utilizado por um dos finalistas.

Em 1968, recebeu a segunda partida entre Estudiantes e Palmeiras. O time alviverde venceu por 3 a 1, mas como havia perdido antes (2 a 1, na Argentina) um terceiro jogo foi realizado. Pelo regulamento, o duelo tinha de ser em campo neutro. Assim, no estádio Centenário, no Uruguai, o time argentino venceu por 2 a 0.

A Folha de um dia após o jogo do Pacaembu, em 5 de maio, definiu a vitória do time alviverde como a de um time nervoso. Em 17 de maio, após a terceira partida, a Folhadescreveu uma partida sem vibração e sem controle do Palmeiras.