Com interatividade e réplica da Taça Olímpica, Flu inaugura sala de troféus
Evento na manhã desta terça-feira nas Laranjeiras contou com a presença do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e do atual capitão tricolor Fred
Por Edgard Maciel de SáRio de Janeiro
Depois de muita espera e ansiedade, tanto interna como por parte da torcida, o Fluminense inaugurou na manhã desta terça-feira a nova sala de troféus das Laranjeiras, reformada em uma parceria entre o clube e a Brahma.
Com direito à presença de convidados especiais como o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, do vice-presidente de vendas da Ambev, Ricardo Tadeu, do presidente da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto), Wagner Victer, e até mesmo o atacante Fred, o presidente Peter Siemsen não escondeu a felicidade pela realização. Por conta de atrasos causados por liberações de órgãos públicos, o local estava fechado desde dezembro de 2010.
- A história fortalece os laços, cria o respeito e engrandece a paixão. Por isso essa sala é muito importante para nós. Deixou de ser apenas um espaço para a exibição das conquistas do clube para contar também a sua História. Esse resgaste tem a ver com o crescimento do Fluminense. Estamos recuperando espaço nas conquistas nos últimos anos. Nosso papel além de vencer em campo é resgatar a história e o respeito colocando o Tricolor em seu devido lugar. Não estamos vivendo do passado. É apenas um passo que temos de dar em um círculo virtuoso para que o clube se torne muito forte no futuro - resumiu o presidente Peter Siemsen.
A história fortalece os laços, cria o respeito e engrandece a paixão"
Peter Siemsen
Nuzman, que aparece em uma das fotos presentes no local carregando nos ombros o então técnico Tele Santana após o título carioca de 1969, e Victer, ambos torcedores ilustres do Fluminense, foram os responsáveis por conseguir junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) a réplica da Taça Olímpica, considerada o Prêmio Nobel do esporte e conquistada pelo clube em 1949 por conta de sua organização, que já está exposta na sala. Último a chegar, o atacante Fred se disse emocionado por fazer parte do mural denominado "Guerreiros", que tem espaço para 70 ídolos e conta com lugares ainda vazios para futuros jogadores (entre nomes recentes, foram lembrados ainda os zagueiros Roger e Thiago Silva, e os meias Conca, Thiago Neves e Deco).
- Ver meu nome na história do clube, no museu do clube, é muito emocionante. Espero que seja apenas o início. Temos uma base muito boa no Fluminense. Identificada com clube e com o torcedor. Sempre buscamos os títulos e o que mais queremos é a Libertadores. Dessa forma entraríamos de vez na história do clube. Daria a sensação de dever cumprido. Pegamos o hábito de disputar essa competição. Sempre entramos com o respeito dos adversários e fazendo boas campanhas. Nos próximos anos vamos beliscar essa taça - resumiu Fred.
Interatividade e história
O circuito elaborado pelo clube para a visitação da nova sala de troféus chama a atenção pela interatividade. Partes importantes dos elementos arquitetônicos do prédio, como o vitral histórico e o piso original de cerâmica colorida foram restaurados. O espaço ficou ainda maior com a incorporação da antiga biblioteca Coelho Neto e de um almoxarifado.
Entre os destaques da exposição permanente, destacam-se a linha do tempo interativa, movimentada graças a um sensor de presença, e um espelho virtual que exibe as principais camisas do Fluminense ao longo dos anos. As tacas - cerca de 100 foram escolhidas - são exibidas com fotos e lembranças dos jogos e competições em que foram conquistadas.
- Jogadores, fatos marcantes, personagens dos bastidores, o show da torcida tricolor e a emoção de jogos inesquecíveis estão retratados em fotografias, vídeos e atrações interativas, que completam o percurso com as taças e medalhas - resume o gerente do Flu-Memória, João Boltshauser, coordenador-geral do projeto.
No passeio pelos corredores cheios de história, os tricolores ainda encontrarão imagens e peças importantes na evolução do clube, maquetes das principais mudanças do Estádio Manoel Schwartz, os técnicos mais marcantes, uma galeria em homenagem ao vestiário com citação ao já falecido roupeiro Ximbica, torcedores inesquecíveis, a sala de exposições temporárias que foi inaugurada citando o centenário do dramaturgo tricolor Nelson Rodrigues, e mais interatividade: com recursos de sensores de movimentos, é possível ver jornais que noticiaram títulos do clube e ainda dois rádios cenográficos levam o ouvinte a sintonizar as narrações históricas, cedidas pela Rádio Globo e CBN, de conquistas desde 1964. No final da visita, o torcedor ainda pode tirar uma foto para ser compartilhada nas redes sociais.
A reforma bancada pela Brahma custou cerca de R$ 800 mil reais. A parceira fez ainda investimentos em conteúdo e pessoal. Na noite desta terça, a festa de lançamento reunirá 400 convidados no Salão Nobre das Laranjeiras. A nova sala de troféus do Fluminense será aberta oficialmente para os torcedores na próxima quarta-feira. Tricolores com mais de 12 anos pagam R$ 15 pelo ingresso. Sócios entram de graça. O local funcionará de segunda a sábado, sendo fechado apenas nas terças-feiras, de 10h às 18h. Domingo, o horário será de 10h às 16h. A bilheteria, localizada na entrada principal do clube, no entanto, fechará sempre uma hora antes do encerramento das atividades.
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