MULHERES: Beleza brasileira

A mulher brasileira tem uma beleza toda especial, invejada por muitas e admirada por outros. Prova disso, são as passarelas da moda iluminadas por beldades brasileiras. A mulher brasileira virou um de nossos maiores trunfos, juntamente com o samba e o futebol

Taís Araújo, Juliana Paes e Luíza Brunet são mulheres com padrões de beleza da mulher brasileira. 

Em geral, a imagem da brasileira é de uma mulata, sensual, erótica, com um corpo escultural. Ou seja, a mulher que é mostrada no Carnaval. Porém, muitas brasileiras se sentem incomodadas com esses estereótipos e a imposição de certos padrões de beleza.

No Brasil, a beleza pesa muito e existe uma grande quantidade de mulheres que vivem para o seu corpo. Há, entre muitas delas, uma obsessão em chegar a essa perfeição. Não é a toa que o Brasil é um dos países onde mais são realizadas operações de cirurgia plástica, sobretudo em regiões praianas.

Agora, o que se observa, nos últimos tempos, é que o padrão de beleza da mulher brasileira está em mutação. O busto pequeno e os quadris largos, celebrados como mania nacional há décadas, estão dando lugar aos seios fartos e à estética da cintura fina, quadris estreitos, abdômen sequinho e gordura zero nos pneus.

Obsessão

As adversidades do clima tropical fazem com que, nos dias atuais, as brasileiras enfrentem uma batalha diária com os cuidados do corpo para poder esbanjar beleza.

A busca de um corpo perfeito extrapola a malhação e chega até a mesa de operação de um cirurgião plástico. Em muitos casos, esse profissional faz intervenções para tirar algumas imperfeições pouco visíveis mas que fazem diferença na vida dessas mulheres. Um dos procedimentos cirúrgicos mais solicitados de uns tempos para cá é o silicone que é usado nos seios ou em qualquer parte do corpo para melhorar a aparência e deixar a autoestima de qualquer mulher lá em cima.

Para elas, não importa o custo para se conquistar o padrão de beleza. Elas não se contentam com o visual que têm. Sempre desejam mais, querem pernas torneadas, bumbum arrebitado, seios firmes e volumosos. Quem ganha com toda essa obsessão pela beleza é a indústria de cosméticos, salões de beleza, academias e cirurgiões plásticos.

Padrão

Os sacrifícios pela beleza sempre existiram. Porém, só a partir dos anos 60 é que magrezapassou a ser considerada "padrão de beleza". Nas décadas de 40 e 50, Marilyn Monroe e Elisabeth Taylor chamavam todas as atenções com suas curvas sinuosas, cinturinhas de pilão e quadris enormes. Esse modelo de mulher emplacou sem contestações até os anos 60 quando surge a modelo Twiggy e altera os padrões de beleza: magérrima, tinha o frescor da juventude. Para manter o ideal de corpo adolescente, era preciso muita dieta e exercícios, conforme pregavam as revistas femininas.

Gisele Bündchen quebrou os estereótipos e se tornou uma celebridade

No Brasil, ao longo dos anos 90, se tentou reproduzir, sem muito êxito, o estilo das passarelas europeias como ideal feminino: as magricelas francesas. 

Os desfiles internacionais glorificavam a "mulher-cabide": cheia de ossos, pernas finas, e braços que deviam cair junto com os quadris. A top model do prêt-à-porter não tinha quadris, muito menos bumbum.

Os brasileiros não davam valor ao produto nacional. Os cachês eram baixos e havia um certo desdém pelas meninas brasileiras. Muitas de nossas modelos tentaram melhores cachês na Europa, mas sem muito êxito.

Até que, de repente, Gisele Bündchen conquistou o mundo com sua espontaneidade, seus traços de princesa e de garota comum, magra e gostosa. Gisele operou uma revolução no padrão estético vigente. 

Com seios fartos e quadril estreito, mas arredondado, transformou-se na modelo mais requisitada por etilistas e campanhas de moda e tornou-se celebridade. O corpo brasileiro passou a ser objeto de desejo do planeta. Depois de Gisele, muitas outras brasileiras também fazem sucesso nas passarelas internacionais da moda.