Quarenta anos após morte de Leila Diniz, Luana Piovani encarna ícone
Intensa, inquieta, provocante, contestadora, festiva. Leila Diniz é lembrada até hoje por ter se tornado símbolo da resistência à ditadura nos anos 60, quando se transformou no maior ícone da liberdade feminina. Quarenta anos após a morte da atriz num acidente de avião, a coluna faz uma homenagem reproduzindo três imagens históricas da mulher que derrubou tabus ao defender o amor livre e o prazer sexual
Autêntica
"Não me preocupo com o julgamento alheio. À medida que você fica conhecida, as pessoas passam a te cobrar atitudes como se existisse um manual de boa conduta. Não tem gaiola ou poleiro que me segure! Leila era livre e pagou um preço alto por isso. Era um ícone que deveria ser estudado nas escolas", opina Luana Piovani, que retrata como ninguém a autenticidade da atriz.
Feminilidade
Mel Lisboa relembra a imagem em que Leila Diniz exibe a gravidez na Praia de Ipanema , em 1971. A foto repercutiu como uma bomba nos jornais, revistas e TVs em todo o país. Nunca uma mulher havia ousado desfilar de barriga de fora nas areias. "Leila foi o pontapé inicial da descoberta da feminilidade. As mulheres estão percebendo que não precisam se igualar aos homens, adquirindo qualidades competitivas para ter seus valores reconhecidos", opina a atriz, grávida de nove meses de Clarissa. "Vou guardar a foto e explicar para ela quem foi essa mulher".
Destemida
Hermila Guedes se assemelha a Leila não só pela sólida carreira no cinema, mas pela falta de papas na língua ."Toda mulher é ou deveria ser um pouco Leila Diniz, mesmo sem conhecê-la. Ela não tem medo de ser mulher, me identifico com esse lado dela. Não tenho medo de correr atrás do que eu acredito e de fazer o que me dá na telha. Sou daquelas que fala tudo o que pensa e briga pelo que acha justo, sem temer", dispara Hermila Guedes, que posou de toalha na cabeça retratando a histórica entrevista para "O Pasquim", em 1969.
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