Letieres Leite deixa idealizados discos de Margareth Menezes e Edy Star ao morrer aos 61 anos, vítima de covid-19

Trabalhador incansável em discos próprios e alheios

Terceiro álbum da Orkestra Rumpilezz, big-band criada pelo maestro, está pronto e sai em dezembro.

♪ Ao morrer inesperadamente na quarta-feira, 27 de outubro, a menos de dois meses de completar 62 anos em 8 de setembro, em decorrência de covid-19, o maestro, arranjador e instrumentista baiano Letieres Leite (1959 – 2021) pegou o universo musical brasileiro de surpresa.

Trabalhador incansável em discos próprios e alheios, Letieres já tinha combinado de dar forma a pelo menos dois álbuns que ainda estavam no plano das ideias.

O maestro faria a direção musical e a coprodução do próximo disco de Margareth Menezes, cantora baiana da qual Letieres era entusiasmado admirador. “Estávamos trocando ideias e começando a selecionar músicas”, revelou Margareth em rede social, em post que saudou o talento superlativo de Letieres Leite e lamentou a morte precoce do criador da Orkestra Rumpilezz.

Outro disco que teria o toque do maestro e arranjador seria o próximo álbum do cantor Edy Star. “Eu estava indo agora em dezembro a Salvador celebrar seu aniversário e acertar os arranjos do meu CD com músicas caribenhas”, contou Star em rede social.

Como ambos os discos estavam apenas idealizados pelos respectivos artistas com Letieres, o único disco com perspectiva concreta de lançamento é o já finalizado terceiro álbum da Orkestra Rumpilezz, Moacir de todos os santos, previsto para ser lançado em dezembro pela gravadora Rocinante.

Neste disco, a big band soteropolitana toca com sotaque afro-baiano o repertório do álbum Coisas (1965), obra-prima da discografia do compositor, saxofonista, arranjador e maestro pernambucano Moacir Santos (1926 – 2006).

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