Ex-The Voice, Marvvila supera machismo no samba: ‘Quero ser a voz feminina do pagode’

Criada numa família cristã, Marvvila começou como cantora gospel ainda jovem, na igreja frequentada pelos pais

A voz de Marvvila conquistou Ludmilla, que a convidou para gravar com ela — Foto: Divulgação/Alex Santana

Cantora que gravou com Ludmilla, se firma no meio predominantemente masculino com a música, ‘A Cada Beijo’

Por Luciana Tecidio, Gshow — Rio de Janeiro

Cada show é um desafio para Marvvila, cantora carioca de 21 anos que integrou o The Voice 2016. Intérprete de pagode, ritmo o qual a maioria dos intérpretes é masculina, a artista, que acaba de lançar a música A Cada Beijo, precisou se impor- sem perder a doçura- para se firmar no meio musical.

“Quando subo no palco para me apresentar, observo as caras de espanto não só do público, mas também dos homens que trabalham no backstage. A maioria não acredita que uma mulher tem voz capaz de levar um pagode. No começo ficava nervosa. Mas convenço que sou capaz com o meu jeito moleca e a forma como canto, abrindo meu coração com amor. É assim que me imponho”.

Criada numa família cristã, Marvvila começou como cantora gospel ainda jovem, na igreja frequentada pelos pais. Mas foi na adolescência, aos 13 anos, que o amor pelo pagode falou mais alto.

“Na escola, meus amigos tocavam cavaquinho e tantan. Como não tinha ninguém para cantar, eu comandava a roda de samba. Me apaixonei pelo ritmo e descobri que minha vida era isso!"

Com o tempo, Marvvila começou a gravar vídeos cantando músicas de Ferrugem e Péricles que caíram nas mãos de Ludmilla. A cantora se encantou com seu talento e a convidou para participar das resenhas em sua casa. “Nos tornamos amigas e ela me convidou para gravar com ela Não é Por Maldade, de seu EP de pagode chamado Numanice . Hoje minha vida é totalmente dedicada a música e quero me impor como a voz feminina do pagode!”

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