Aborto de repetição pode estar ligado à problema no esperma

Abortos espontâneos de repetição pode estar na baixa qualidade do esperma

Aborto de repetição pode estar ligado à problema no esperma Pesquisas sobre o tema tradicionalmente focam na mulher, mas novos estudos mostram que a saúde masculina também desempenha um papel importante Por Crescer online [caption id="attachment_151218" align="alignleft" width="300"] Óvulo rodeado por espermatozoides (Foto: Thinkstock)[/caption] Um novo estudo do Colégio Imperial de Londres (Inglaterra) revelou que a baixa qualidade do esperma é uma possível causa de abortos espontâneos de repetição. A descoberta foi publicada no jornal científico Clinical Chemistry desse mês. Os cientistas avaliaram a qualidade do esperma de 50 homens com parceiras que haviam passado por três abortos espontâneos consecutivos ou mais e descobriram que os espermatozoides desse grupo apresentavam um nível maior de DNA danificado do que os de homens com parceiras que não tiveram abortos espontâneos. Em nota, o autor do estudo Channa Jayasena, afirmou que a pesquisa é importante para mostrar que muitas vezes os dois parceiros estão envolvidos em casos de abortos de repetição. “Tradicionalmente, os médicos concentram a atenção nas mulheres quando procuram as causas de abortos recorrentes. A saúde dos homens - e a saúde de seus espermatozóides - não é analisada. Nossas descobertas contribuem para um crescente corpo de evidências que sugere que a saúde do esperma determina a saúde de uma gravidez”, explica. O esperma dos participantes do estudo apresentou uma quantidade quatro vezes maior de espécies reativas de oxigénio do que o do grupo controle. Esses compostos químicos ajudam a proteger os espermatozoides de infecções, mas, quando em excesso, podem causar danos ao DNA. Os homens do estudo também eram ligeiramente mais velhos e pesavam um pouco mais do que os do grupo controle e os pesquisadores acreditam que pode haver uma ligação entre esses fatores e a quantidade de espécies reativas de oxigénio no esperma. “Se confirmarmos em outros trabalhos que altos níveis de espécies reativas de oxigênio no sêmen aumentam o risco de aborto espontâneo, podemos tentar desenvolver tratamentos que diminuam esses níveis e aumentem a chance de uma gravidez saudável”, afirmou Jayasena.

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