Ashley Judd publica artigo no qual revela que foi vítima de estupro e incesto

Depois de receber comentários agressivos pelas redes sociais, a atriz de 'Divergente' escreveu artigo com declarações polêmicas.

Ashley Judd durante partida de basquete dos times Kentucky X Arkansas, quando fez um comentário em seu Twitter e sofreu agressões pela internet (Foto: Getty Images) A vida não anda fácil para Ashley Judd. Após ser trollada na internet por ter feito comentários sobre um jogo de basquete, a atriz abriu o jogo sobre sua própria experiência ao ser violentada em um ensaio polêmico publicado em no site Mic.com na quinta-feira. Durante uma partida do #MarchMadness, campeonato de basquete universitário, ela disse que o time adversário (o Arkansas) estava jogando sujo. Pronto, não demorou e usuários do Twitter resolveram agredi-la verbalmente. Por isso, Ashley Judd, de 46 anos, decidiu falar sobre a violência contra as mulheres. "Durante um jogo do campeonato, no domingo, eu postei um comentário no Twitter que alguns acharam anti-desportivo. Eu não estava ligando muito para os três jogadores sangrando na quadra, e que o adversário estava 'jogando sujo'. O volume de ódio que explodiu sobre mim em resposta foi surpreendente. (...) Tweets chegaram me chamando prostituta ou uma puta, ou me dizendo para chupar um pau de duas polegadas. Alguns até me ameaçaram de estupro", disse em artigo. Ela deletou a mensagem original de seu perfil na rede social, mas os comentários odiosos continuaram. Ainda no desabafo, a atriz falou sobre a diferença de tratamento que homens recebem quando comentam sobre esporte e que sua "idade, corpo e aparência foram atacados" durante essa briga. "Vou terminar esse desabafo explicando por que eu tinha, antes deste domingo, já começado a pesquisar que ações legais eu poderia tomar contra a violência no Twitter. Eu sou uma sobrevivente de agressão sexual, estupro e incesto. Sinto-me muito abençoada que, em 2006, outros sobreviventes me levaram para a recuperação. Agarrei-a. Minha própria vontade, em parceria com um simples kit de ferramentas, me deram o poder de sair da posição de vítima indefesa e vulnerável para uma sobrevivente poderosa. Hoje, nove anos depois da minha recuperação, posso ir mais longe e dizer que a minha 'história' não é 'a minha história'. É algo que o Poder Superior (espiritualidade, para mim, tem sido vital para esta cura) usa para me permitir o privilégio de ajudar os outros que ainda estão sofrendo, e, talvez, para oferecer um pouco de educação, conscientização e ação para o nosso mundo".