Um dos segmentos mais visados por aqueles que decidiram investir no Pecém, a alimentação foi um dos principais responsáveis por gerar renda a habitantes de São Gonçalo do Amarante. Embora o número de estabelecimentos que fornecem comida às empresas tenha se multiplicado nos últimos anos, a demanda cresce continuamente e alguns já estão quase no limite da quantidade de clientes que pode atender.
Proprietária de um dos cerca de 40 restaurantes que hoje atendem, além da população, os visitantes que trabalham nas empresas instaladas no Pecém, a empresária Vitória Azevedo relata que, quando inaugurou seu estabelecimento, há cerca de 15 anos, apenas uma média de cinco restaurantes existiam na região, que vivia um momento de grande expectativa.
À época, pequenos comércios surgiam no distrito, com a expectativa de fornecer alimentos e materiais necessários aos trabalhadores que participavam do projeto de construção do Terminal Portuário do Pecém.
Dificuldade inicial
Inicialmente, relata, a movimentação era baixa, principalmente por conta de entraves na construção do porto. Ainda assim, persistiu no empreendimento, que, acompanhando o avanço das obras no local, começou a conquistar mais clientes.
Hoje, depois de ampliar o estabelecimento e o número de funcionários, com o passar dos anos, vende cerca de 400 almoços por dia. Algumas vezes, afirma, teve de recusar ofertas de empresas por não ter como dar conta da demanda.
Resultados
Com o aumento da clientela, pôde investir, além do estabelecimento, na educação dos filhos. Hoje, é a filha de Vitória que, aos 18 anos, atende os clientes coreanos que vão ao restaurante. "Desde que ela tinha três anos, eu queria que ela aprendesse inglês", relata a empresária.
Ao todo, Vitória atende uma média de dez coreanos que trabalham em uma empresa prestadora de serviço na região. "Também tem (entre os clientes que não falam português), por exemplo, os comandantes de navio que de vez em quando chegam aqui, de outros países".
JOÃO MOURA
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