OUTUBRO - Atividade econômica no Ceará cresce 1,2%
A atividade econômica do Ceará cresceu 1,2% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, de acordo com dados relativos ao IBC-CE - considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto) - divulgados ontem pelo Banco Central (BC). O Estado saiu de 146,57 pontos para 148,35 pontos, a segunda melhor marca do ano, abaixo apenas de março, quando a marca foi de 148,59.
No País, o índice que mede a atividade econômica subiu 0,36% em outubro em relação ao mês anterior, depois de ter registrado queda de 0,52% em setembro sobre agosto, na série com ajuste sazonal. O número passou de 142,56 pontos em setembro para 143,07 pontos. A alta do IBC-Br de outubro ante setembro está acima da mediana das projeções dos analistas do mercado financeiro.
Na comparação entres os meses de outubro de 2012 e 2011, houve expansão de 4,96% na série sem ajustes sazonais. Na série observada, outubro terminou com IBC-Br em 146,40 pontos. O indicador de outubro de 2012 ante outubro de 2011 ficou acima da mediana, de +4,70%, e dentro das previsões (+1,09% A +5,70%) dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções.
Acumulado
Nos últimos 12 meses, o indicador registrou alta de 1,50% na comparação com os 12 meses anteriores, no dado sem ajuste. No ano, o crescimento acumulado é de 1,57%, sem ajuste. O IBC-Br é considerado pelos economistas uma prévia mensal do Produto Interno Bruto (PIB) e serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
Na média do período de agosto a outubro de 2012, na comparação com os três meses anteriores, o IBC-Br registrou expansão de 1,06% na série com ajuste sazonal. Segundo o BC, o índice avançou de uma média mensal de 141,48 pontos para 142,98 pontos nessa comparação. O dado do terceiro trimestre de 2012 em relação ao trimestre anterior, com ajuste, foi revisado de 1,15% para 1,14%.
Recuperação tênue
A alta de 0,36% do índice de atividade econômica em outubro mostra recuperação, mas ainda "tênue", na avaliação do economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.
"Anualizado, o crescimento é de 4,4%, refletindo a recuperação depois da queda de setembro", diz, referindo-se à queda do índice do BC de 0,52% em setembro ante agosto, com ajuste. Ele pondera, com isso, que "o Brasil não tem condição tranquila para acreditarmos que esse crescimento tende a ser sustentado". Segundo ele, o mix de políticas econômicas "gera ruído".
Investimentos
Apesar de o consumo das famílias estar robusto, não há recuperação dos investimentos e há preocupação com a evolução da inflação, de acordo com o especialista. "O consumo das famílias forte e o investimento fraco ampliam o descompasso entre a demanda e a oferta", analisa Flávio Serrano.
No País
0,36 por cento foi a expansão assinalada pela economia brasileira em outubro ante setembro. Resultado ficou acima das expectativas do mercado.
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