Troca de livros gera economia de até 50% aos pais
Com a proximidade do início do ano, muitos pais já começam a se preocupar com a compra dos livros didáticos para o próximo semestre letivo. Tudo para garantir a educação e o futuro de seus filhos. A lista é grande e geralmente compromete boa parte do 13º salário. Na busca por economizar, os pais contam com alternativas como comprar na internet ou nas feiras de troca-troca de livros, realizadas em praças e escolas da Capital. A opção é mais trabalhosa, mas pode gerar economia de até 50%.
A tradicional feira de troca-troca de livros da Praça dos Leões começa no dia 28 de dezembro e segue até 28 de fevereiro. Para atrair maior clientela, a organização preparou atrações como cordelistas e roda de poesia.
Na Praça dos Leões, onde acontece uma das mais tradicionais feiras da cidade, o troca-troca começa em 28 de dezembro e segue até 28 de fevereiro. Francisco José Machado de Oliveira, presidente da Associação dos Defensores do Livro (ADL) e organizador do evento informa que, diferentemente das edições anteriores, quando os livros ficavam acomodados no chão, neste ano, eles ficarão dispostos em estantes padronizadas. "A ideia é organizar a feira", diz ele, lembrando que alguns pais chegam a economizar 50% ao irem à feira.
Tradição
O troca-troca de livros na Praça dos Leões acontece há mais de dez anos. Inicialmente, com a troca entre pais. Hoje, destaca o organizador, também compram e vendem livros. "Tudo devidamente autorizado", afirma. Como algumas escolas já liberaram a lista, os pais começaram a se preparar. A feira da Praça funcionará de 7h às 18h e contará com 75 livreiros associados.
Para atrair maior clientela, o presidente da ADL adianta que a feira contará com atrações que vão desde cordelistas, repentistas à roda de poesia. Ele alerta que os pais só devem comprar de livreiros castrados, para evitar o risco de pagar valores maiores.
Mãe de dois filhos, a enfermeira Carla Gondim, 31 anos, é uma das que opta por adquirir livros na feira de troca-troca da Praça dos Leões. "Eles já têm a lista dos colégios e ainda encapam. A gente resolve tudo lá", destaca. A grande vantagem que aponta é o preço e diz que muitos livros estão em bom estado de conservação. "As pessoas têm preconceito, porque são livros usados. Não estando riscado o meu filho não acha ruim", diz.
Apenas em uma lista, ela gasta em torno de R$ 1 mil. Como são dois filhos, os custos chegam a R$ 2 mil. Mesmo não comprando todos os livros da lista na feira, Carla conta que consegue economizar em torno de 30%. "Tem alguns paradidáticos que valem a pena, porque o aluno não escreve. Os de Filosofia também. Já no caso de livros mais usados, como o de matemática, eu prefiro comprar novos", explica.
Com a economia que faz na compra de livros, a enfermeira investe na compra de cadernos melhores. "O meu filho até prefere", diz. Pensando em ganhar algum dinheiro, ela conta que, neste ano, o seu filho teve a iniciativa de querer vender os livros. "É um estímulo para ele querer juntar dinheiro. É legal", frisa.
Além da tradicional feira da Praça dos Leões, muitas escolas estão optando por fazer o mesmo. A exemplo do Santa Isabel, que realizou uma feira de troca-troca no último dia 6, e realizará outra na próxima quinta-feira (13). Outros colégios que também estão fazendo o mesmo é o Santa Cecília e o Canarinho.
Algumas regras devem ser seguidas: os livros precisam estar conservados, sem rasuras ou respostas e os pais devem conferir se eles realmente estão em bom estado antes de levar para casa, pois a escola não se responsabiliza pelo estado dos livros. Muitas dessas feitas, no entanto, são exclusivas para pais e alunos da escola.
Internet
Opção que proporciona maior comodidade para os pais é a compra de livros pela internet. Nela, a pessoa recebe o material em casa com encapamento, personalizado e a entrega em domicílio ainda é gratuita. Uma das alternativas é a Livrofácil Livraria.
LUANA LIMA
REPÓRTER
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