Desemprego é o menor da história em 14 estados em 2024, diz IBGE
Em todo o Brasil, as pessoas ocupadas equivalem a 58,6% da população de 14 anos ou mais
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Brasil encerrou o ano passado com a menor taxa média de desocupação desde que o IBGE começou a calcular esse índice, em 2012.
Por Júlia Nunes, g1 - 14/02/2025
Entenda como o desemprego é calculado no Brasil
A taxa anual de desemprego foi a menor da história em 14 estados brasileiros em 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, publicada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE.
São eles: Acre (6,4%), Amazonas (8,4%), Amapá (8,3%), Tocantins (5,5%), Maranhão (7,1%), Ceará (7,0%), Rio Grande do Norte (8,5%), Alagoas (7,6%), Minas Gerais (5,0%), Espírito Santo (3,9%), São Paulo (6,2%), Santa Catarina (2,9%), Mato Grosso do Sul (3,9%) e Mato Grosso (2,6%).
O instituto já havia divulgado no último dia 31 que o país encerrou o ano passado com a menor taxa média de desemprego (6,6%) desde o início da série histórica, em 2012. Agora, trouxe o recorte por estado.
Em 2024, o índice anual caiu em todas as unidades da federação (UFs), com exceção de Roraima, onde a taxa aumentou de 6,6% para 7,5%, e de Rondônia, que teve estabilidade.
As maiores taxas médias de desocupação foram registradas na Bahia, Pernambuco (ambos com 10,8%), Distrito Federal (9,6%) e Rio de Janeiro (9,3). Já as menores foram em Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%).
Seguindo o padrão internacional, o IBGE classifica como desocupadas pessoas que não trabalham, mas que estão ativamente em busca de uma oportunidade.
Quem não está procurando emprego é calculado em outro índice, das “pessoas fora da força de trabalho”, que também vem caindo nos últimos anos, depois da pandemia de Covid-19.
Nível da ocupação
Em todo o Brasil, as pessoas ocupadas equivalem a 58,6% da população de 14 anos ou mais — percentual chamado de “nível da ocupação”, que também foi o maior da série histórica.
No recorte por estado, os maiores percentuais para este indicador foram apresentados por Mato Grosso (68,4%), Santa Catarina (67,0%) e Goiás (65,3%) e os menores, por Maranhão (47,3%), Acre e Ceará (ambos com 48,7%) e Alagoas (48,8%).
Os números incluem pessoas com qualquer tipo de ocupação, como empregados no setor privado, funcionários públicos, empreendedores e autônomos.
Veja abaixo alguns destaques:
• Empregados com carteira de trabalho no setor privado aumentaram 2,7%. Registraram queda o Ceará (-6,2%) e Rondônia (-5%).
• Empregados sem carteira assinada no setor privado aumentaram 6%. Oito estados registraram queda, sendo as maiores em Rondônia (-11,5%) e Mato Grosso do Sul (-10,5).
• Trabalhadores por conta própria tiveram alta de 1,9%. Seis UFs tiveram queda, com destaque para o Distrito Federal e o Acre, ambos com -9%, e a Bahia (-6,9%).
Informalidade
Os trabalhadores informais somaram 40,3 milhões em 2024, também na média anual. O grupo representa 39% do total de pessoas ocupadas (taxa de informalidade), contra 39,2% no ano ante-rior.
Entre os estados com maior taxa, estavam Pará (58,1%), Piauí, (56,6%) e Maranhão (55,3%). Já os menores percentuais foram de Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,6%) e São Paulo (31,1%).
Força de trabalho ‘desperdiçada’
A “taxa de subutilização” — que, na prática, representa a força de trabalho “desperdiçada” no país — é formada por pessoas que têm potencial para trabalhar, mas não estão ocupadas ou não trabalham horas o suficiente.
Em 2024, 19 milhões de pessoas estavam nessa situação no Brasil, na média anual, um recuo de 8,9% frente a 2023. Esse grupo representa 16,2% da força de trabalho ampliada do país, uma queda de 1,8 p.p. em relação a 2023 (18%).
Entre os estados, Piauí (32,7%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (28,9%) e Alagoas (26,4%), enquanto as menores taxas anuais foram de Santa Catarina (5,5%), Rondônia (7%) e Mato Grosso (7,7%).
Números do 4º trimestre
Além dos dados anuais, o IBGE também divulgou os índices do 4º trimestre de 2024. No perío-do, a taxa de desocupação caiu em três unidades da federação -- Paraná (0,7 p.p.), Minas Gerais (0,7 p.p.) e Rio Grande do Sul (0,6 p.p.) -- e ficou estável nas demais, em relação ao tri-mestre anterior.
No ranking do desemprego, Pernambuco foi o estado que teve o pior índice. Enquanto o Mato Grosso teve o melhor.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/02/14/desemprego-e-o-menor-da-serie-em-14-unidades-da-federacao-diz-ibge.ghtml
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