Inflação desacelera em abril, com queda maior do que a previsão do mercado

Vários produtos contribuíram na queda da inflação

Por Redação RBA

Reprodução/Montagem RBA

O recuo da taxa de inflação foi puxado principalmente pelos transportes, que tiveram deflação – queda de preços – de 0,49% na prévia de abril

O IPCA-15, que mede a prévia da inflação oficial no mês, ficou em 0,21% em abril. Mercado esperava taxa de 0,29%. É o menor patamar desde julho do ano passado. Governo Lula comemora resultado

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial no mês, ficou em 0,21% em abril. A taxa registrada está abaixo do índice registrado no mês anterior, que foi de 0,36%, e também indica uma queda em relação a abril do ano passado: 0,57%. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (26) pelo IBGE. O resultado surpreendeu o mercado financeiro, que projetava uma alta de 0,29%.

Com as quedas seguidas, o IPCA-15 acumula taxa de 1,67% no ano. É o menor patamar desde julho de 2023 (3,19%). Em 12 meses, o indicador registra inflação de 3,77%, abaixo dos 4,14% acumulados até a prévia de março deste ano. O recuo da taxa de inflação foi puxado principalmente pelos transportes, que tiveram deflação – queda de preços – de 0,49% na prévia de abril. Entre os itens que apresentaram deflação, destacam-se a passagem aérea (-12,20%), o gás veicular (-0,97%), o óleo diesel (-0,43%) e a gasolina (-0,11%).

Por outro lado, o grupo alimentação e bebidas apresentou alta de preços de 0,61% no período, o que impediu uma queda maior da inflação na prévia de abril. Entre os itens que mais contribuíram para a alta dos alimentos estão tomate (17,87%), alho (11,60%), cebola (11,31%), frutas (2,59%) e leite longa vida (1,96%). Produtos como a batata-inglesa (-8,72%) e as carnes (-1,43%) puxaram para baixo a inflação dos alimentos.

Governo comemora

Os demais grupos de despesa apresentaram as seguintes taxas de inflação: saúde e cuidados pessoais (0,78%), vestuário (0,41%), despesas pessoais (0,40%), comunicação (0,17%), habitação (0,07%), educação (0,05%) e artigos de residência (0,03%). Os preços que serviram como base para o cálculo do IPCA-15 de abril foram coletados entre 15 de março e 15 de abril deste ano.

Parlamentares da base do governo comemoram os resultados em suas redes sociais. “Na contramão das previsões pessimistas, inflação desacelera. O índice no acumulado de 12 meses é o menor desde julho do ano passado. A economia no rumo certo”, compartilhou o deputado estadual João Paulo (PT-PE) na rede X, antigo Twitter. A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidenta da PT, também destacou que a inflação em queda é um “motivo pra celebrar”. Mas criticou a condução da taxa de juros pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

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