Preço dos combustíveis cai e compensa alta dos alimentos; inflação volta a ficar abaixo de 5%
Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE.
Principal impacto no mês foi das passagens aéreas. Agora, o IPCA soma 4,82% em 12 meses, enquanto o INPC está em 4,14%
Por Redação RBA
Publicado 10/11/2023 - 11h39
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Entre os combustíveis, a única alta foi do óleo diesel: 0,33%. Caíram os preços médios de gasolina (-1,53%), gás veicular (-1,23%) e etanol (-0,96%)
São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,24% em outubro, abaixo do mês anterior e de igual período do ano passado. Com isso, o indicador oficial da inflação no país soma 3,75% no ano e 4,82% em 12 meses. Assim, voltou a ficar abaixo dos 5% – em setembro, o IPCA estava acumulado em 5,19%. Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE.
De acordo com o instituto, oito dos nove grupos pesquisados tiveram alta no mês passado. Transportes (0,35%) e Alimentação e Bebidas (0,31%) representaram impacto de 0,07 ponto percentual cada. Ou seja, mais da metade do índice total de outubro.
Batata, cebola e arroz têm alta
Depois de quatro quedas, a alimentação no domicílio subiu (0,27%). O IBGE destaca os aumentos de produtos como batata inglesa (11,23%), cebola (8,46%), frutas (3,06%), arroz (2,99%) e carnes (0,53%). Entre as quedas do mês, leite longa vida (-5,48%) e ovo de galinha (-2,85%).
Já a alimentação fora do domicílio subiu mais do que em setembro, passando de 0,12% para 0,42%. No caso da refeição, o aumento foi de 0,48%, enquanto o lanche teve alta de 0,19%
No grupo dos Transportes, por sua vez, o instituto informa que o resultado teve influência da alta de 23,7% nos preços das passagens aéreas – o impacto na taxa geral foi de 0,14 ponto. “É o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Essa alta pode estar relacionada a alguns fatores como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano”, comenta o gerente da pesquisa, André Almeida.
Entre os combustíveis, a única alta foi do óleo diesel: 0,33%. Caíram os preços médios de gasolina (-1,53%), gás veicular (-1,23%) e etanol (-0,96%). Ainda nesse grupo, o táxi subiu 1,42%, em média, depois de reajustes na tarifa aplicados em Porto Alegre e São Paulo.
O gerente da pesquisa lembra que a gasolina é o subitem de maior peso entre os 377 que compõem o IPCA. O impacto no mês foi de -0,08 ponto. Assim, se por um lado as passagens tiveram impacto de alta, por outro a gasolina ajudou a segurar o resultado do grupo Transportes.
Água sobe, energia cai
O grupo Habitação ficou próximo da estabilidade (0,02%). A taxa de água e esgoto teve aumento de 0,37%, após reajustes em Salvador e Fortaleza. Já a energia elétrica residencial caiu 0,58%, mesmo com reajustes em Goiânia, Brasília e São Paulo.
Nas áreas pesquisadas, o IPCA variou de -0,23% (São Luís) a 0,80% (Goiânia). Em 12 meses, o índice vai de 3,05% (Rio de Janeiro) a 5,87% (Brasília). Fica em 3,74% no Rio de Janeiro e vai a 5,03% em São Paulo.
INPC: 4,14% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,12%, quase o mesmo resultado de setembro (0,11%) e bem abaixo de outubro do ano passado (0,47%). Com isso, acumula 3,04% no ano e 4,14% em 12 meses.
Segundo o IBGE, os produtos alimentícios subiram 0,23%, após queda (-0,74%) no mês anterior. Já os não alimentícios foram de 0,38% para 0,09%.
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