BNB de Iguatu financiou 600 produtores rurais até este mês

Iguatu. A demanda por crédito rural no semiárido e para os setores de comércio e serviço tem crescido a cada ano nas cidades do Interior do Ceará. O gerente da agência local do BNB, José Sudário, disse que a demanda obteve um crescimento elevado em decorrência da abertura de linhas de financiamento para a seca. "Esses recursos são fundamentais", frisou. "Asseguram a aquisição de ração para alimentar os animais e viabilizam obras de infraestrutura para a melhoria das propriedades rurais", observou.

Nos últimos dias, houve um esforço da agência do BNB para análise e liberação de propostas de empréstimos tanto para os financiamentos do Pronaf Seca, quanto para o tradicional da linha B que atende a agricultura familiar e, por isso, apresenta maior demanda. A agência do BNB atende a 11 municípios do Centro-Sul.

Até ontem, foram liberados R$ 6 milhões de crédito e atendidos cerca de 600 produtores rurais por meio de financiamento do Pronaf Seca na agência regional do BNB. "Até dezembro, vamos zerar a demanda existente na agência e que aguarda análise", disse Sudário. "Os projetistas particulares e os escritórios da Ematerce devem encaminhar todos os projetos até o fim deste mês, pois esse foi um prazo que acertamos em reunião recente".

Há dois programas de financiamento para a linha especial de seca, com tetos diferenciados. Um atende até R$ 12 mil, sendo 35% para custeio e 65% para investimento. O prazo de pagamento é de dez anos, com três anos de carência. A taxa de juros é de 1% ao ano e há um desconto de 40% para o pagamento em dia.

A outra linha de financiamento para a estiagem tem teto bem mais elevado, no valor de R$ 100 mil. As taxas de juros são mais altas, 3,5% ao ano, mas com igual prazo de pagamento e de carência. Os dois programas de crédito destinam recursos para custeio e investimentos.

José Sudário analisa que a maioria dos financiamentos destina-se a investimento. "Em decorrência da seca, acreditávamos inicialmente que os recursos seriam aplicados em custeio, compra de alimentação para salvar o rebanho", observou. "O produtor, entretanto, sabe da suas necessidades e quer melhorar a infraestrutura das áreas produtivas", disse.

HONÓRIO BARBOSA
REPÓRTER