Ibovespa tem forte alta e dólar fecha em R$ 5,30, em dia de ajustes e após acenos de Lula
Candidato Lula (PT) promete combinar, em um eventual governo, responsabilidade fiscal e social chegou a animar o mercado local nesta quinta-feira.
Painel da B3, a bolsa brasileira (Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg)
Sinalizações em direção à responsabilidade fiscal por parte de candidato ajudam a impulsionar movimento do mercado local. Nos EUA, PIB do 3º trimestre vem acima das expectativas, enquanto na Europa, BCE volta a elevar os juros
Carta de Lula anima mercado, mas movimento perde força por falta de novidades
A divulgação de uma carta na qual o candidato Lula (PT) promete combinar, em um eventual governo, responsabilidade fiscal e social chegou a animar o mercado local nesta quinta-feira.
Logo após a divulgação, o Ibovespa subiu quase 3% e o dólar perdeu mais força. O movimento, no entanto, arrefeceu. Para analistas do mercado, o documento não trouxe grandes novidades sobre o compromisso do candidato com a questão fiscal.
- A carta causou uma expectativa e quando veio não foi nada de substancial que pudesse dar conforto em relação a essa questão fiscal - disse o economista-chefe da Órama Investimentos, Alexandre Espírito Santo.
Na mesma linha, segue o sócio e gestor da Galapagos Capital, Fábio Guarda:
- Uma leitura cautelosa da carta mostra que não tem nada explícito em que ele faria um compromisso fiscal - disse.
Ações da Meta caem 24,56% e empresa já perde US$ 676 bi em valor de mercado no ano
Os papéis da Meta, dona do Facebook, desabaram mais de 20% nesta quinta-feira, sua maior queda em um dia desde fevereiro, dando prosseguimento ao desempenho negativo já visto no after market da véspera.
Os papéis da empresa caíram 24,56%, negociados a US$ 97,94.
As perdas da empresa em valor de mercado no acumulado do ano já totalizam US$ 676 bilhões, removendo a Meta do ranking das 20 maiores empresas dos EUA.
O movimento ocorreu após a Meta reportar lucro líquido de US$ 4,4 bilhões no terceiro trimestre, o que representa uma queda de 52% em relação aos US$ 9,19 bilhões do mesmo período de 2021. O resultado mostra que a plataforma continua lutando com um mercado de publicidade fraco em meio a uma desaceleração econômica.
Estatais e papéis do setor de educação sobem
Os papéis de empresas estatais e dos bancos fecharam com altas, recuperando parte das perdas recentes, nesta quinta-feira. Entre as maiores altas, figuraram papéis que, em tese, seriam beneficiados por uma eventual vitória de Lula (PT), com destaque para o setor de educação.
Petrobras ON e PN subiram 0,30% e 0,76%, respectivamente. Banco do Brasil ON subiu 1,26%.
No setor financeiro, Itaú PN e Bradesco PN tiveram altas de 1,84% e 1,85%, respectivamente.
Em dia de queda do minério de ferro negociado na China, Vale ON caiu 3,56%. Após o fechamento, a empresa publica seu balanço do 3º tri.
Na ponta positiva, Yduqs ON subiu 11,14% e Cogna ON, 6,71%. Soma ON avançou 6,72%. Magazine Luiza ON subiu 7,93% e Via ON, 4,64%. IRB Brasil ON subiu 8,14%.
Há 4 horas
DESTAQUE
Ibovespa tem forte alta, com eleição no foco e após acenos de Lula
O Ibovespa fechou com forte alta nesta quinta-feira, recuperando parte das perdas registradas ao longo da semana.
O principal índice da B3 foi impulsionado pelo avanço dos papéis de estatais e do setor financeiro. Ativos ligados às commodities metálicas, com destaque para a Vale, tiveram dia de perdas.
A Bolsa local já vinha operado em alta desde o início do dia, com investidores avaliando sinalizações feitas pelo ex-ministro da Fazenda e ex-BC, Henrique Meirelles, e voltando a cogitar sua participação em um eventual governo petista.
Após a notícia de que Lula faria acenos em direção à responsabilidade fiscal e social, o desempenho positivo foi intensificado em um primeiro momento, com a Bolsa avançando mais de 2%, porém, o movimento arrefeceu pela falta de propostas concretas no documento.
O Ibovespa subiu 1,66%, aos 114.641 pontos.
DESTAQUE
Dólar tem queda firme e fecha a R$ 5,30, com ajuste e eleição
O dólar fechou queda firme ante o real nesta quinta-feira. Após apresentar fortes altas nos últimos pregões, o câmbio passou por movimento de correção.
No exterior, a moeda americana se valorizou contra divisas fortes e tinha comportamento misto contra pares do real. Segundo analistas, sinalizações feitas pelo ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ajudaram os ativos. Desde que declarou apoio a Lula, há expectativa de que Meirelles possa ocupar um cargo em um eventual governo do petista.
O dólar caiu 1,35% negociado a R$ 5,3082, após atingir a mínima de R$ 5,2422.
- O principal é correção. No exterior, não tivemos um ambiente positivo. Aqui dentro o principal tema continua sendo as eleições - destaca o economista da Guide Investimentos, Rafael Pacheco.
Petróleo tem nova alta
Os preços para os contratos futuros do petróleo fecharam com forte alta nesta quinta-feira, dando prosseguimento ao desempenho positivo visto no dia anterior.
Na véspera, a divulgação de estoques de gasolina dos Estados Unidos abaixo do esperado já tinha ajudado a impulsionar os preços. Nesta quinta, foi a vez do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) americano do 3º trimestre levemente acima das expectativas apoiar o petróleo.
O preço para o contrato para dezembro do petróleo tipo Brent subiu 1,32%, negociado a US$ 96,96, o barril.
Já o preço do contrato para o mesmo mês o tipo WTI avançou 1,33%, cotado a US$ 89,08, o barril.
Há 5 horas
Taxas de juros futuros acompanham o exterior e cedem
As taxas de juros futuros ajustaram-se em queda nesta quinta-feira, em linha com a desaceleração no mercado de juros vista no exterior desde o início da semana. Vale destacar que no mercado interno, as taxas não vinham acompanhando esse movimento.
No fim do pregão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 caiu de 12,985% do ajuste da véspera para 12,96% e a do DI para janeiro de 2025 cedeu de 11,915% para 11,835%.
Já a do DI para janeiro de 2026 passou de 11,795% para 11,69% e a do DI para janeiro de 2027 teve queda para 11,685% ante os 11,805% da leitura anterior.
Há 5 horas
Papéis de educação têm fortes altas, com eleição no foco
Papéis ligados ao setor de educação apresentam fortes altas desde o início desta quinta-feira. Assim como em pregões recentes, os ativos são beneficiados pela liderança do candidato Lula (PT) nas pesquisas.
Ao longo da semana, pesquisas eleitorais mostraram estabilidade do candidato à frente da disputa. A expectativa é que, caso eleito, Lula retome investimentos em programas de financiamento estudantil nos moldes do Fies.
Por volta de 15h50, Yduq ON subia 9,64 e Cogna ON, 6,01%. Fora do Ibovespa, Cruzeiro do Sul ON avançava 4,05%, Ser Educacional ON, 2,76% e Ânima ON, 6,05%.
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