Dólar fecha em forte alta e vai a R$ 5,14

Moeda norte-americana subiu 2,32% e atingiu o maior valor desde 11 de maio.

Por g1

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (17), em um ajuste ao dia negativo registrado nos mercados internacionais na véspera, quando não houve negociações devido ao feriado de Corpus Christi.

A moeda norte-americana subiu 2,32%, negociada a R$ 5,1432, maior valor desde 11 de maio.

Já o Ibovespa fechou em forte queda, abaixo dos 100 mil pontos.

Na quarta-feira (15), o dólar fechou em queda de 2,08%, a R$ 5,0265. Com o resultado de hoje, passou a acumular alta de 3,13% na semana e 8,24% no mês. No ano, tem desvalorização de 7,74% frente ao real.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer

O que está mexendo com os mercados?

O dia foi de agitação no mercado brasileiro. O destaque foi o novo reajuste nos preços do diesel e gasolina nas refinarias da Petrobras, que pode colocar mais pressão sobre a inflação. Por conta disso, as ações da Petrobras desabaram e o Ibovespa perdeu os 100 mil pontos, encerrando o dia a 99.824 pontos.

No mundo, os investidores ainda repercutem as altas, na última quarta-feira, das taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos. Além de tornar o dólar mais atraente, a medida elevou temores de uma recessão na maior economia do mundo, o que diminuiu o apetite de investidores por risco.

Por lá, o Federal Reserve decidiu subir os juros em 0,75 ponto percentual – a maior elevação desde 1994 – para a faixa entre 1,5% e 1,75%. O reajuste acima do que havia sido sinalizado pelo Fed na reunião anterior mostra que será intensificada apolítica monetária para combate à inflação americana.

Por aqui, o Banco Central elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25%, após a inflação ter desacelerado em maio e o BC ter sinalizado na ata da reunião de maio um ajuste adicional de menor magnitude em relação ao ritmo de elevação de 1 ponto percentual adotado até então.

Além da atratividade crescente dos juros dos EUA, algumas instituições financeiras também apontavam os riscos de uma recessão nos Estados Unidos como possível fator negativo para o desempenho de ativos de mercados emergentes.

https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/06/17/dolar.ghtml