Sem vacinação em massa, confiança do comércio cai 1,5% em março, nota CNC
Os três tópicos usados para cálculo do Icec mostraram queda, tanto na comparação com fevereiro deste ano quanto ante março de 2020
Comércio no Centro Histórico de Porto Alegre — Foto: Alex Rocha/PMPA/Divulgação
"A dependência do varejo presencial ainda é grande, apesar dos avanços na digitalização. Esperamos que haja uma agilidade em relação à vacinação", aponta o presidente da entidade.
Por Valor Online
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), caiu 1,5% de fevereiro para março, para 103,6 pontos.
Na comparação com março de 2020, a queda foi de 19,3%, informou a CNC. Na prática, a ausência de vacinação em massa contra covid-19 influenciou o resultado, pontuou a entidade.
Os três tópicos usados para cálculo do Icec mostraram queda, tanto na comparação com fevereiro deste ano quanto ante março de 2020. Houve recuos de 4,1% e de 32,3%, respectivamente, em condições atuais; baixa de 0,4% e de 13,5% em expectativas de empresário do comércio; e decréscimo de 0,9% e de 14,4% em intenções de investimento.
Além da vacinação, Antonio Everton, economista da CNC responsável pelo estudo, citou em comunicado sobre o indicador outros motivos que ajudam a explicar o resultado de queda.
“Além das dificuldades provocadas pela pandemia com relação ao mercado, há outros fatores que impactam o negócio do comerciante, como a pressão de custos sobre os preços finais, dólar alto e reajustes nos contratos de aluguel", afirmou ele, no informe.
"Com as medidas restritivas e a baixa imunização, parece que estamos ainda em 2020. No curto prazo, o índice tende a se comportar dependente de fatores como esses, oscilando em reação com o humor do consumidor”, explicou, em comunicado sobre o índice.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, por sua vez, reiterou necessidade de vacinar mais a população. "A dependência do varejo presencial ainda é grande, apesar dos avanços na digitalização. Esperamos que haja uma agilidade em relação à vacinação, que é o mais urgente no momento. Mas precisamos também de salvaguardas econômicas e sociais”, afirmou, no comunicado sobre o indicador.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/03/22/sem-vacinacao-em-massa-confianca-do-comercio-cai-15-em-marco-nota-cnc.ghtml
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