Sobral conta com primeiro grupo de arqueirismo

Componentes querem agora formalizar e melhor organizar a equipe. Estão fazendo o regulamento do grupo

Sobral O primeiro grupo de arqueirismo da Zona Norte do Estado busca a formalização.

A Ordem dos Arqueiros de Sobral (OAS) conta com 26 participantes e já tem três anos de história. Iniciado em 2011, o grupo contava apenas com dois participantes, os universitários Thiago Aragão e Marcelo Cássio, atuais coordenadores do grupo.

Com o crescimento no último ano, Thiago percebeu a necessidade de formalização e melhor organização, estando agora trabalhando no regulamento do grupo e espera a finalização da Vila Olímpica para um espaço adequado aos treinos. Segundo ele, no início era mais uma prática do esporte que ambos admiravam. A dupla enfrentou algumas dificuldades, como material e técnica. "Sem quase nenhuma experiência com os arcos, o começo foi bem complicado, desde a escolha dos materiais, preços, onde comprar e o principal, como utilizar".

Ele aponta que, nesse momento, a internet foi uma ajuda valiosa. Por meio de fóruns e grupos online, eles conseguiram a base para iniciar a prática, somente depois a ideia do grupo surgiu a fim de divulgar e ajudar a novos praticantes. "Pela internet, conhecemos outros praticantes e fóruns que nos explicavam todas as dúvidas e então veio a ideia de montar um grupo em Sobral. A finalidade seria justamente a troca de experiência e a divulgação do esporte. Vale ressaltar que existem mais de uma modalidade, sendo as competições realizadas com arcos compostos e recurvos, in-door e out-door, sendo também um esporte olímpico", explica Thiago. Entretanto, este não é um esporte barato. A maioria dos arcos é importada, existindo poucas marcas nacionais consideradas de qualidade pelos praticantes. Em Sobral, não existe loja para a venda do produto. "Compramos nossos primeiros arcos pela internet. Os preços variam de R$ 150,00 a R$ 3.000,00".

Thiago aponta que o preço é um dos fatores que desanima os novos praticantes. "Em média, um arco para principiantes com uma qualidade boa, seguido de alguns equipamentos básicos, fica em média de R$ 400,00 a R$ 600,00. Por isso, não existia, no início, um público mais interessado". No começo do ano passado, as primeiras mulheres começaram a participar do grupo. Hoje, seis delas praticam. Foi também em 2012 que novos materiais foram adquiridos, como arcos de melhor qualidade e as bestas ou balestras. "Estas últimas são instrumentos cuja aparência assemelha-se a de uma espingarda ou pistola, com um arco de flechas acoplado no lado oposto da coronha, acionada por gatilho, que projeta dardos similares a flechas, porém, mais curtos e com preços mais acessíveis. Mesmo nas compras virtuais, com o pagamento do frete, uma balestra pode sair por menos de R$ 100,00", explica.

Um dos grandes empecilhos apontados pelo coordenador, é a falta de patrocínio e apoio. Aqui está a maior dificuldade do "OAS". Outro problema que o grupo sofre é a falta de um local adequado para o treino. "Em Sobral, a Vila Olímpica ainda encontra-se em construção. O grupo acaba por migrar de um local para outro, sendo que a margem esquerda nos fornece em determinados pontos, em determinados horários o local adequado para treinar".

Atualmente, o grupo online conta com 26 membros, sendo que destes, apenas sete possuem arcos ou balestras. Desta forma, os treinos são em revezamento, a confecção de alvos é realizada com o auxílio de todos no grupo. Para ser membro da OAS, basta apenas preencher alguns requisitos. Por ser um esporte que gera um risco considerável, é necessário ser maior de 18 anos para entrar, sendo esta a regra mais específica.

Aos novos participantes, é ressaltado que o grupo está aberto para que todas as dúvidas sejam tiradas antes de comprar o material escolhido. "É quase como uma família. Quem vai participar é instruído sobre postura, normas de segurança tanto para ele quanto para os demais, como, onde e o quê comprar também é sugerido. Não deixamos novos membros desamparados", diz Thiago. Um dos membros, Luis Carlos Madeira, é o responsável pela manutenção dos arcos. Devido à habilidade manual, ele foi o escolhido entre os colegas para o cargo. Para ele, um dos maiores desafios nesse sentido são as peças. Não existe na região onde repor. "Com isso, a gente vai se virando com o que tem. Se quebra o apoio da flecha, temos que procurar algo que sirva como apoio", explica.

Mais informações:

Ordem dos Arqueiros de Sobral

https://www.facebook.com/groups/275182052596539/

Coordenador Thiago Aragão:

(88) 9906.6007

JÉSSYCA RODRIGUES
COLABORADORA