Ministério quer reverter alteração em edital que excluiu cursos do programa.

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação na Justiça para alterar o último edital do Ciência sem Fronteiras e incluir cursos recentemente excluídos do programa. O Ciência sem Fronteiras fornece bolsas de intercâmbio a estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação com bom desempenho em instituições de ensino superior no exterior. O MPF atendeu pedido de um grupo de estudantes que foi prejudicado com a mudança.

Em decisão divulgada nesta semana, o juiz substituto da 3º Vara federal Ketler Gomes Ribeiro estabeleceu prazo de 10 dias para que a União preste esclarecimentos sobre o assunto. "Dez dias é muito tempo, vamos conversar com o juiz para ver a possibilidade desse prazo ser abreviado", disse o procurador.

No último dia 20, dois dias antes da abertura da segunda chamada do atual edital - para estudantes que irão fazer intercâmbio no segundo semestre de 2013 –, houve uma retificação, retirando a possibilidade de bolsa de estudos para estudantes de muitos cursos, especialmente da área de humanas. Apesar de ter como foco a área tecnológica, o Ciência sem Fronteiras possibilitava o intercâmbio de alunos de humanas, por meio da área da indústria criativa, que não especificava quais eram os cursos atendidos pelo programa.
 
De acordo com a estudante Thaís Esmeraldo, que cursa publicidade em uma universidade da capital cearense, e é uma das prejudicadas com a alteração do edital, ao fazer a inscrição o estudante selecionava a área e agora, com a mudança é necessário clicar no curso desejado. publicidade, artes plásticas, cinema e jornalismo e também carreiras das áreas de saúde, como enfermagem e fisioterapia, foram excluídos da lista de cursos contemplados pelo programa na área da indústria criativa. Para tentar reverter a situação estudantes desses cursos que desejavam receber a bolsa para estudar fora do país, no segundo semestre de 2013, recorreram à justiça.

Thaís se prepara para o ingresso no programa, pretende estudar no Reino Unido e até está com prova de proficiência para inglês marcada para 8 de dezembro, em Brasília. Gastou dinheiro se preparando e acredita na retificação do edital na Justiça.