VALE DO JAGUARIBE: Alunos mostram talentos científicos
Limoeiro do Norte Alunos de 22 escolas públicas municipais mostraram talento como cientistas na sétima edição da Feira de Ciências das Escolas Públicas, realizada no Ginásio Municipal. O intuito do projeto é inserir a pesquisa científica e a tecnologia como recurso didático no aprendizado das ciências da natureza. A feira premiou os melhores trabalhos de estudantes do 4º ao 8º ano do ensino fundamental.
Cada núcleo de ciências das 22 escolas do município iniciam os trabalhos ainda no primeiro semestre do ano. Os alunos são envolvidos em pesquisa bibliográfica e prática, para a realização das experiências. Os professores coordenadores dos núcleos são preparados para orientar os alunos nas atividades. Durante todo o ano, cada escola realiza sua Feira de Ciências interna, elegendo os dois melhores trabalhos de cada série, do 4º ao 8º ano, para disputar com as demais escolas neste evento municipal de fim do ano.
De acordo com o coordenador da Feira de Ciências, Edgardo Sousa Bezerra, o evento conta com um grande empenho dos alunos e das escolas, que querem mostrar bons trabalhos e que neste ano surpreendeu pela quantidade de participantes. "Durante todo o ano, foram realizadas 22 feiras de ciências nas escolas, envolvendo cerca de oito mil alunos", comemora. De acordo com Edgardo, o projeto da feira de ciências possui o apoio da Prefeitura e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com apoio técnico.
Experimentos
Foram exibidos 170 experimentos, abordando diversos temas das ciências. Em cada experiências, os visitantes podiam aprender um pouco mais de química, física, biologia, e matemática, por meio de demonstrações e explicações de fácil entendimento feitas pelos alunos. Muitos mostraram sua aplicabilidade no cotidiano das pessoas, as alternativas para preservação ambiental receberam destaque em vários projetos.
Foi o caso da Escola José Mendes Rocha, da Comunidade do Arraial, zona rural do município, que demonstrou como é feito o bioplástico, ainda sendo difundido no nosso dia a dia. "Apesar de ser um pouco caro para produzir, essa é uma alternativa para diminuir a poluição do meio ambiente. Uma sacola biodegradável demora apenas 18 semanas para se decompor, enquanto o plástico comum leva 300 anos pra isso", explica a estudante Nayara, do 7º ano, que aprendeu na sua pesquisa uma forma de melhorar a relação das pessoas com a natureza.
Segundo a professora coordenadora do Núcleo de Ciências da escola, Selma Araújo, os projetos ligados à sustentabilidade são importantes para mostrar à comunidade algumas alternativas de preservação ambiental pouco difundidas em localidades mais distantes da sede.
A escola da comunidade de Cabeça Preta, Joaquim Dino Gadelha, usou da ciência para dar importância histórica para a cana-de-açúcar, matéria-prima dos primeiros séculos de desenvolvimento do País. Os alunos aprenderam a produzir cachaça artesanal e levaram para degustação na feira, para pessoas maiores de 18 anos. Os estudantes aprenderam desde o cultivo até a fermentação com produto orgânico, o fubá.
Aprendizado
De acordo com o professor orientador, Márcio Lima, os alunos aprenderam desde a história da cana, seu ciclo produtivo, plantar, conhecer e a produzir diversos produtos, como a rapadura, a cachaça e alguns xaropes para o tratamento de algumas doenças. Os três primeiros colocados de cada série foram premiados com celulares, aparelhos de DVDs e vários outros brindes. A feira tornou-se tradição no município, atraindo toda a comunidade para visitação.
ELLEN FREITAS
COLABORADORA
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