Declaração foi dada em solenidade de sanção da lei que cria a Agência de Fomento do Ceará S.A, com foco em microcrédito e busca por recursos internacionais 

Autor Adriano Queiroz 

Governador anunciou ainda a meta de disponibilizar R$ 200 milhões em microcrédito até o fim do atual mandato Crédito: Guilherme Freire/Secretaria do Trabalho/Divulgação 

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), anunciou durante solenidade de sanção da lei que cria a Agência de Fomento do Ceará S.A., que o Estado vai disponibilizar R$ 60 milhões para financiar pequenos empreendimentos, por meio do programa Ceará Credi.

Criado em 2021, no contexto do início das flexibilizações de restrições sanitárias impostas pela Covid-19, o programa de microcrédito já emprestou R$ 150 milhões para cerca de 61 mil microempreendedores, com um ticket médio de R$ 2.514. Pouco mais de 67% das pessoas beneficiadas são mulheres. 

“A meta é até o fim do nosso governo financiar R$ 200 milhões por ano. Então, eu liberei para o programa Ceará Credi em 2024 foram R$ 60 milhões. Nós queremos aumentar esse valor ano a ano”, explicou Elmano. O governador do Ceará citou também que dos R$ 150 milhões já financiados por meio da política estadual de microcrédito, R$ 52 milhões foram para Fortaleza e cerca de R$ 98 milhões foram para o Interior.

 “É uma população que precisa muito dessa oportunidade para colocar seu pequeno negócio com o juros de 1% e capital de giro com taxas de 1,2%. Eu tenho certeza que é decisivo para muita gente que não tem a oportunidade de ter um emprego e nem de colocar o seu pequeno negócio e, nós temos uma fila de pessoas ainda aguardando novos financiamentos”, destacou.

Sobre a agência de fomento propriamente dita, Elmano ressaltou que uma vez em operação, a instituição permitirá “acessar recursos que o programa Ceará Credi não permitia” e explicou que a próxima etapa será fazer o trâmite de criação da entidade junto ao Banco Central. “Eu imagino que no 1º semestre, a gente já consegue que ela esteja funcionando”, projetou.

Nesse sentido, o secretário do Trabalho do Ceará, Vladyson Viana, “a agência vai possibilitar atrair e alavancar recursos de bancos e fundos públicos privados, inclusive, internacionais”. O titular da Pasta citou ainda que a instituição “poderá ter linha de crédito para economia criativa, para agricultura familiar ou para qualquer outra ação e ter vários produtos”.

Por fim, a vice-governadora e secretária das Mulheres do Ceará, Jade Romero, destacou a importância de disponibilizar esse tipo de ferramenta financeira para empreendedoras, inclusive, vítimas de violência.

“A gente sabe que o empreendedorismo é fundamental. Ele traz essa autonomia econômica que é primordial, muitas vezes, para encerrar o símbolo de violência”, concluiu.