Sobral. O grupo musical "Prata da Casa" acaba de comemorar seu terceiro ano de formação e neste semestre cumpre agenda homenageando Luiz Gonzaga, o "Rei do Baião", com repertório atualizado. Composto de seis integrantes, sendo todos estudantes da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), têm se apresentado vestidos como Luiz e cantam músicas como Asa Branca com ritmos de samba, swingueira, pop, rock e funk.
As composições do Rei do Baião ganham um novo estilo, pois a banda toca as músicas, como Asa Branca, com ritmos de samba, swingueira, pop, rock e funk
As apresentações especiais não são uma novidade para o grupo, que já homenageou outros artistas, mas é a primeira vez que aparecem caracterizados, inclusive com chapéu de couro, que a pró-reitora de Cultura (Procult), Giovana Saboya Mont´Alverne, diz ter conseguido em Caruaru especialmente para a ocasião. Ela explica que, com a vinculação da Procult com o Museu Dom José, o Centenário de Luiz Gonzaga e a vontade do grupo de homenagear um artista, decidiram, juntamente com o professor e coordenador do Prata da Casa, Gladson Fronta, montar essa apresentação.
A pró- reitora ressalta que, ao cantar as músicas de outros artistas, o grupo reconhece a importância do cantor, assim como o talento de Luiz Gonzaga. "Além disso, ver um grupo que você viu nascer e apoiou render os frutos que o ´Prata´ vem tendo é gratificante. Começamos o grupo com apenas alguns instrumentos e, agora, graças ao apoio do reitor Antônio Colaço Martins, temos até nosso próprio equipamento de som".
Projeto
O grupo iniciou como projeto da Pró-Reitoria de Cultura da UVA e cerca de 40 pessoas apareceram interessadas, de acordo com o vocalista Marcos Carvalho, aluno de Engenharia Civil. Desses, apenas ele e outros dois permanecem da formação inicial. "Hoje somos seis integrantes: eu, o Anderson Soares, que toca guitarra, e o Jael Martins, que toca violão e outros instrumentos. As vocalistas Sabrina Sousa e Erica Ferreira vieram no começo de 2010 e o caçula, Mateus Araujo, está conosco há pouco mais de seis meses", conta.
Vinculado com o Festival Universitário da Canção, o grupo conta que foram premiados em duas das três edições. Giovana completa explicando que essa é uma das grandes oportunidades que um grupo tem de se apresentar. "Na ocasião, bandas universitárias de todo o Estado têm a oportunidade de se apresentar e interagir em uma grande estrutura. É extremamente importante que ofereçamos aos jovens artistas este tipo de oportunidade".
Para Anderson, uma das grandes vantagens de participar de um grupo que não tem ritmo definido é a oportunidade de se aprofundar até mesmo nos estilos que a pessoa possa vir a não gostar. "Mas eu, assim como os outros meninos, sempre fazemos questão de lembrar que não existe ritmo ou estilo ruim, existe música boa de letra, som e melodia, e existe musica ruim, independente de cantor, grupo ou mesmo estilo musical", ressalta o guitarrista.
Ensaios
Os ensaios são todas as sextas-feiras de pela parte da tarde, embora nem sempre todos possam participar. O baterista Mateus, por exemplo, disse já ter tido que faltar a um deles por morar em Bela Cruz, assim como Anderson, que reside em Croatá.
Mateus e Jael destacam ainda que, participando do Prata da Casa, eles tiveram oportunidade de conhecer e estudar outros instrumentos, tanto que hoje brincam sobre quem toca o que na hora do show. Para Jael, ele pode ser considerado como faz tudo. "Toco diversos instrumentos, quando outros integrantes não podem vir, como já aconteceu de tocar apenas 3 de nós, cada um foi para u m instrumento diferente do que normalmente assume", conta.
Anderson fala ainda que foi assim que acabou conhecendo mais profundamente os equipamentos de som, do qual hoje é responsável. Para eles, o grupo hoje significa mais do que um grupo, e sim uma segunda família. "A gente brinca, chora e ensaia junto, nos importamos uns com os outros, e nos conhecemos através da música".
Procult e Projetos
A pró-reitora Giovana explica que hoje a Procult mantêm o Projeto Cultura em Pauta, que promove lançamento de livros, projetos de arte, dança e audiovisuais e é vinculado ao Museu Dom José, onde ela deve passar pelo menos meio expediente todos os dias.
"Por isso também resolvemos casar essa homenagem a Luiz com a exposição Vida de Sertanejo, que está no Museu", finalizou Giovana.
JÉSSYCA RODRIGUES
COLABORADORA
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