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Escrito por Redação

Entre os caprinocultores a opinião é de que, por falta desse apoio, o Centro Nacional da Embrapa em Sobral tem deficiências, inclusive na área do melhoramento biogenético.

Criadores cearenses de ovinos e caprinos, alguns dos quais com assento na dinâmica Câmara Setorial do Agronegócio, decidiram tornar-se parceiros do Centro Nacional da Embrapa Caprinos e Ovinos, com sede em Sobral. 

O que os motiva a caminhar nessa direção é o que eles consideram “falta de apoio” aos mais de 100 funcionários daquele centro, boa parte dos quais são técnicos do mais alto nível. 

Na opinião dos criadores, o Centro de Caprinos e Ovinos da Embrapa mostra hoje, exatamente por falta desse apoio, várias deficiências, inclusive na área do melhoramento biogenético, razão pela qual os criadores desconhecem a existência de propriedades da pecuária ovina e caprina que utilizam, no Ceará, a sua tecnologia. 

Não foi a Embrapa Caprinos e Ovinos, mas os laboratórios de pesquisa de reprodução animal da Unifor e da Uece que produziram, em abril de 2014, o primeiro clone brasileiro de caprino, da raça Santa Inês. 

O presidente da Câmara Setorial do Agronegócio, Amílcar Silveira, também criador de ovinos, disse à coluna que “é importante que os ovino-caprinocultores cearenses apoiem a Embrapa Caprinos e Ovinos, pois assim ganharemos todos”. 

A coluna tentou falar com os coordenadores da Embrapa em Sobral, mas os esforços do telefonista da estatal foram em vão: nenhum deles atendeu a chamada - todos estão trabalhando em home office. O Ceará tem hoje mais de 100 mil criadores, 78% dos quais são de pequeno porte (criam de 20 a 50 cabeças). 

O rebanho estadual é o terceiro do País, com 2,2 milhões de ovinos e 800 mil de caprinos. 

Na famosa Feira de Quixadá, são comercializados, semanalmente, 1.300 cabeças de ovinos e caprinos.