Esquadrão antibomba localiza material explosivo em estação do VLT em Fortaleza

Esquadrão antibomba localiza explosivo em estação do VLT em Fortaleza

Esquadrão antibomba localiza material explosivo em estação do VLT em Fortaleza Ceará vive onda de ataques coordenados por facções criminosas. Bandos já utilizaram explosivo em pontes e em um viaduto na Grande Fortaleza. Por G1 CE [caption id="attachment_150940" align="alignleft" width="300"] Esquadrão localizou material explosivo na estação do VLT do Bairro Parangaba, em Fortaleza — Foto: José Leomar/SVM[/caption] O Esquadrão Antibombas da Polícia Militar do Ceará apreendeu nesta quarta-feira material explosivo na estação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Bairro Parangaba, em Fortaleza. Os policiais souberam da tentativa de ataque por meio de denúncia anônima, comunicada a agentes da Força Nacional, que atua em Fortaleza desde sábado (5). Ceará vive uma onda de ataques desde quarta-feira (2), quando chefes de facção presos ordenaram a sequência de crimes em represália à ação do Governo do Estado de acabar com a divisão dos presos por facção nos presídios. Os criminosos querem que o governo desista da medida. O secretário da Segurança, André Costa, afirmou que o estado não "vai recuar um milímetro". [caption id="attachment_150941" align="alignright" width="300"] Policiais apreendem material explosivo em estação de VLT em Fortaleza — Foto: PMCE/Divulgação[/caption] De acordo com o governador do Ceará, Camilo Santana, chefes de facções criminosas que estavam presos no Ceará foram transferidos para presídios federais em outros estados. O governo federal já havia oferecido 60 vagas para receber criminosos do Ceará. "Já foram transferidos 21 presos e nós já estamos trabalhando, inclusive, para realizar novas transferências de presos para presídios federais", afirmou. Entenda o que está acontecendo no Ceará O governo criou a secretaria de Administração Penitenciária e iniciou uma série de ações para combater o crime dentro dos presídios. O novo secretário, Mauro Albuquerque, coordenou a apreensão de celulares, drogas e armas em celas. Também disse que não reconhecia facções e que o estado iria parar de dividir presos conforme a filiação a grupos criminosos. Criminosos começaram a atacar ônibus e prédios públicos e privados. As ações começaram na Região Metropolitana e se espalharam pelo interior ao longo da semana. O governo pediu apoio da Força Nacional. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou o envio de tropas. A população de Fortaleza e da Região Metropolitana sofre com interrupções frequentes no transporte público, com a falta de coleta de lixo e com o fechamento do comércio. Motivação dos ataques Governo do Ceará transfere mais de 20 presos suspeitos de ordenar ataques no estado Os atentados começaram após uma fala do novo titular da Secretaria de Administração Penitenciária do estado, Luís Mauro Albuquerque, que afirmou que iria acabar a entrada de celulares nos presídios e encerrar a divisão de presos nas detenções conforme a facção criminosa a que pertencem. O secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa, afirmou que a nomeação do novo gestor das unidades prisionais motivou o início dos ataques. Em pichações em prédios públicos e residências, os criminosos pedem a saída de Mauro Albuquerque. "A criminalidade já conhecia o trabalho dele", afirmou André Costa. Seremos 'duros' contra o crime Governador do CE, Camilo Santana, diz que transferiu 21 presos após ataques O governador do Ceará comunicou ainda que o estado "se preparou para o onda criminosa" e garantiu que será "duro" com a criminalidade dentro e fora dos presídios. O chefe do executivo comentou durante a entrevista que o momento difícil que o estado passa, devido à série de atentados, é "necessário" para garantir a segurança no futuro. "Nós nos preparamos para este momento, não é à toa que você não vê nenhum problema no sistema prisional do Ceará. Não há nenhuma rebelião, e estamos transferindo presos, tirando a comunicação. A reação tem sido toda aqui fora e temos colocado todas as Forças de Segurança para garantir a segurança. São momentos duros, mas necessários para garantir, a médio e longo prazo, um estado melhor, mais seguro, com menos violência para a população cearense", comentou.

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