Óleos essenciais são usados como alternativas naturais no tratamento de diversas doenças
Os óleos essenciais, são extraídos das plantas
Óleos essenciais são usados como alternativas naturais no tratamento de diversas doenças [caption id="attachment_149476" align="alignleft" width="300"] Cada óleo tem função específica e, por isso, deve ser orientada por um profissional habilitadoJosé Leomar[/caption] Pontos positivos desses compostos naturais atraem, mas é preciso cautela em relação a sua aplicação e qualidade [caption id="attachment_149477" align="alignright" width="300"] A partir de experiência pessoal bem-sucedida, a advogada Beatriz Lopes, 30 anos, iniciou a busca pela medicina não-alopática e hoje também atua como aromatólogaFoto: Acervo Pessoal[/caption] Poucas gotas diluídas na água e o cheiro agradável que remete à natureza. Os óleos essenciais, líquidos altamente concentrados, extraídos das plantas, podem até ser lembrados pelo efeito aromatizador, mas engana-se quem só relaciona o seu uso ao ambiente externo. Essas substâncias naturais ajudam na prevenção de doenças, exercem influência sobre as emoções e promovem sensação de bem-estar. A advogada Beatriz Lopes, 30 anos, encontrou o alívio de dores persistentes por meio da utilização destes óleos. Em 2015, durante uma viagem, ela teve o primeiro contato com a aromaterapia. "Eu tinha problemas com cólicas menstruais e não aguentava mais tomar remédios. Com a aplicação local e a inalação dos óleos, consegui ter regulação hormonal. Já não tenho mais dor". A partir da experiência, Beatriz iniciou a busca pela medicina não-alopática, que dispensa remédios tradicionais, e hoje também atua como aromatóloga. Para se ter dimensão do poder dessas gotinhas, um frasco de óleo essencial tem cerca de 80 princípios ativos. De acordo com a terapeuta holística Tatiana Pavarino, dependendo do nível de pureza, que varia com a marca do produto, os benefícios se estendem. "Óleos essenciais puros são antivirais, antibacterianos, antifúngicos e antiparasitários. Eles beneficiam o físico, tratando enfermidades simples, a exemplo da gripe, e complexas, como depressão. Também podem ajudar a manter o foco e a concentração, acalmar e dar mais energia". Em família Há cerca de um ano, o farmacêutico Tales Alves, 43 anos, conseguiu controlar a ansiedade e a falta de sono, também por meio dos óleos essenciais. "Senti muitos benefícios. Atualmente, durmo a noite toda com as gotas de lavanda búlgara no travesseiro e relaxo de uma forma espetacular usando o olíbano antes de sair de casa", relata. Diante dos resultados positivos, Tales compartilhou a descoberta com a família. Sua esposa sofria com dores articulares relacionadas à febre reumática e quando ela passou a usar os óleos reduziu a ingestão de anti-inflamatórios. Já a filha adolescente, tinha infecções constantes na garganta e, após o contato com estas substâncias naturais, sua imunidade aumentou. "As duas sofriam com processo alérgico, mas com o uso do óleo de limão siciliano, todos os dias, isso não é mais sentido por elas". Os pontos positivos desses compostos naturais atraem, mas é preciso cautela em relação a sua aplicação e qualidade. Os óleos essenciais não substituem os medicamentos tradicionais, porém, com o uso correto e acompanhamento de um médico e um profissional da aromaterapia, a redução desses elementos alopáticos acontece naturalmente. Aromáticos A terapeuta holística Tatiana Pavarino alerta que cada óleo tem uma função específica e, por isso, deve ser orientada por um profissional habilitado. Entretanto, o uso dos óleos varia entre a forma aromática, tópica e interna. "Se a escolha for pela opção aromática, pingam-se algumas gotas do óleo no difusor de ambientes, a fim de purificar o espaço ao mesmo tempo em que o corpo absorve as propriedades pelo olfato, limpando as vias respiratórias". Segundo ela, como os óleos são voláteis, eles conseguem circular facilmente no local. "Também pode-se fazer a inalação direta, pingar na mão e cheirar ou colocar no chão do banheiro durante o banho". No uso tópico, o óleo entra rapidamente na corrente sanguínea. A aplicação na pele pode ser feita diretamente ou com a diluição em óleo de coco extravirgem. Essa opção é muito recorrente nos tratamentos de estética. "Também pode-se usar o óleo de semente de uva para diluir, porém é importante lembrar que outros óleos vegetais e minerais, como o de amêndoas e oliva, podem causar interferência no efeito do óleo essencial". [caption id="attachment_149478" align="alignleft" width="300"] O óleo entra rapidamente na corrente sanguínea no uso tópicoFoto: José Leomar[/caption] Já por via interna, o óleo pode ser ingerido com água, na comida (durante o preparo de alimentos) ou diretamente na boca. A terapeuta alerta que apenas óleos permitidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devem ser consumidos, do contrário pode ocasionar complicações à saúde. "Quando ingerido com água, a recomendação é tomar os óleos misturados com 120 ml de água num copo de vidro. O plástico contamina o óleo e também pode ser corroído pelo alto teor de pureza de alguns óleos", orienta. Em relação à qualidade do produto, Tatiana afirma que uma pesquisa deve ser realizada antes da aquisição. "Muitos óleos são obtidos de forma traiçoeira com a planta, o que não só desrespeita o processo de tratamento, como também o de pureza, impedindo a ingestão deles", alerta. Existem alguns testes que podem ser feitos para verificar a qualidade. "Passe o óleo na mão. Quanto mais puro, menos a pele ficará melada, pois quando é puro, o corpo o absorve rapidamente. Outra forma é misturá-lo com água. Se mudar de cor, não é puro".
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