[caption id="attachment_138459" align="alignleft" width="300"] A embarcação enviará dados para órgãos públicos e a iniciativa privada ( Foto: Fabiane de Paula )[/caption] O barco é controlado remotamente e pode realizar análises e monitoramentos e enviar em tempo real O barco robótico Iracema, sigla para Instrumento Robótico Autônomo para Coleta e Monitoramento Ambiental foi inaugurado na manhã dessa sexta (25), no píer do Rio Cocó. O governador Camilo Santana, acompanhado do secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Inácio Arruda e do secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade Artur Bruno, fez a primeira demonstração do equipamento que custou R$ 1,5 milhão. O barco Iracema pode ser controlado remotamente e realizar análises e monitoramentos e enviar em tempo real para instituições como a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a Superitendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), além de realizar batimetria e mensuração da profundidade das massas de água. O barco robótico tem ainda um 'irmão gêmeo', construído com o orçamento de R$ 1,5 milhão da Finep. Os barcos são os primeiro robôs de monitoramento de águas do país, alimentados por energia elétrica de baterias recarregáveis, podendo ainda acoplar painéis fotovoltaicos. Segundo o governador Camilo Santana, a iniciativa é só o início do investimento em tecnologia: "A gente quer agora ampliar mais ainda, temos novas ideias, outros projetos da área de robótica. Esse é um passo importante para o Ceará para que a gente possa avançar nas políticas na área ambiental". O governador acrescentou que o projeto servirá não só aos órgãos públicos, mas também à iniciativa privada. O barco Iracema foi elaborado pelo Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação (Itic) e pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI-NE). Segundo o superintendente do Itic, Carlos Arthur Rocha, os custos de manutenção do equipamento serão compilados no decorrer da atuação e desempenho do barco. Os custos imediatos são de ordem logística, com deslocamento e operação do instrumento. Ricardo Araújo, superintendente da Semace, acredita que o acesso aos dados que o robô pode fornecer será de grande contribuição para o trabalho com o meio ambiente. "Esse barco é muito importante para somar informações, e um banco de dados como esse pode servir inclusive para estudos. São dados abertos, dados importantes, que podem ser acessados pelo público", comenta. Desempenho Segundo Artur Bruno, Secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade, o barco iniciará percorrendo todo o percurso do Rio Cocó e auxiliará no projeto de despoluição e desassoreamento do leito. "O nosso projeto, com o Parque do Cocó é garantir a médio prazo que o Rio tenha navegabilidade e balneabilidade. O barco será fundamental para nós analisarmos a qualidade da água em todo o trajeto do Cocó para então nós trabalharmos com Cagece e outras empresas para despoluí-lo", afirma. O barco atuará inicialmente nos mananciais da Capital, como Rio Cocó e Maranguapinho, mas ainda não tem previsão para visitar bacias do Interior do Estado. (Colaborou Marina Gomes)