Justiça determina prisão de vereador de Itarema; oito estão presos

Justiça prende nove dos treze vereadores de Itarema

Justiça determina prisão de vereador de Itarema; oito estão presos. Operação Fantasma apura esquema de contratação de funcionários da Câmara que sequer compareciam ao órgão, nove dos treze vereadores . Por G1 CE A Justiça determinou a prisão de mais um vereador de Itarema, no Ceará, no caso que investiga a contratação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal. Oito vereadores foram presos em junho. João Carlos Júnior Gomes, que teve o mandado de prisão determinado nesta quinta-feira (21), não foi encontrado pelos policiais quando foram cumprir a ordem de prisão. De acordo com a Polícia Civil, o advogado de defesa disse que o vereador não se encontrava em Itarema e que deverá se apresentar até a segunda-feira (24). Por conta da afirmação da defesa, o Ministério Público ainda não considera João Carlos como foragido. Ele também foi afastado das funções de vereadores, decisão que afeta 69% (9 de 13 parlamentares) dos vereadores eleitos em 2016. Suplentes Nesta semana, uma sessão extraordinária elegeu a nova mesa diretora da Casa Legislativa. Os oito vereadores suplentes ocuparam o lugar dos parlamentares presos também foram empossados. O vereador Francisco Chagas Carneiro foi eleito o novo presidente da Câmara. Os outros parlamentares eleitos para compor a mesa diretora são suplentes dos vereadores que foram presos: Paulo César Júnior Rios (vice-presidente), Arthur William Marreiro Rios (primeiro-secretário) e José Grijalva dos Santos (segundo secretário). Operação Fantasma Vereadores foram presos em operação do MPCE e Polícia Civil em Itarema (Foto: Kaykon Gomez) A Operação Fantasma, que chega à 4ª fase, investiga um esquema montado para desviar recursos públicos por meio de contratações de servidores da Câmara dos Vereadores de Itarema. A apuração identificou que mais da metade dos funcionários da casa são fantasmas. A investigação teve início em abril deste ano, após denúncias de uma pessoa que se sentiu prejudicada por não conseguir receber benefício previdenciário em razão de um suposto vínculo com a casa legislativa, que até então era desconhecido pela vítima. Durante as investigações, o MPCE verificou que várias pessoas haviam sido contratadas pela Câmara Municipal de Itarema, de onde recebiam salários sem comparecer ao legislativo. Também foi constatado repasse de quantias de salários para vereadores e a existência de inúmeros vínculos fantasmas com o órgão.

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