Juíza decreta prisão de oito vereadores do município de Itarema
Vereadores são acusados de desviar dinheiro público
Juíza Kathleen Nicola Kilian decreta prisão de oito vereadores do município de Itarema Juíza decretou preventiva de oito vereadores (28/06) imagem tjce A juíza Kathleen Nicola Kilian, em respondência pela Comarca de Itarema, decretou a prisão preventiva de oito vereadores e um funcionário da câmara daquele município. Eles são acusados de desviar dinheiro público. Além disso, a magistrada também determinou a realização de 19 buscas e apreensões nas residências dos investigados, 34 afastamentos de cargos públicos e 32 conduções coercitivas para a viabilização da instrução criminal. As medidas foram cumpridas, na manhã desta quarta-feira (28/06), por força-tarefa composta por equipes do Ministério Público do Estado (MP/CE) e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará. A juíza explicou que a decisão é “medida severa, mas necessária e adequada para coibir novas infrações penais por parte dos investigados e estancar a sangria dos cofres públicos, por estar constatada a habitualidade criminosa e a reiteração delitiva, com base em juízo fundado nas circunstâncias concretas dos crimes que constituem objeto da investigação”. De acordo com os autos, no decorrer da “Operação Fantasma”, promovida pelo MP/CE de Itarema, teria sido evidenciado que alguns investigados recebiam dinheiro público que deveria ser destinado ao pagamento de seus assessores. Ainda durante a apuração, o Ministério Público constatou a existência de prova material de crimes de peculato e inúmeras lesões aos cofres públicos. A atuação dos envolvidos envolveria a contratação de servidores fantasmas com a apropriação ilegal de valores. A investigação teve início após denúncias de uma pessoa que se sentiu prejudicada por não conseguir receber benefício previdenciário em razão de um suposto vínculo com a Câmara Municipal, que até então era desconhecido pela vítima. Com o resultado das investigações iniciais, a juíza já havia decretado busca e apreensão de documentos, como livros de pontos, que comprovaram que várias pessoas haviam sido contratadas pela Câmara e recebiam salários sem comparecer ao prédio do legislativo municipal, como também o repasse de quantias remuneratórias para vereadores. A magistrada destacou que crimes desta ordem devem ser “severamente apurados e reprimidos, evitando a disseminação na sociedade do sentimento de impotência e de injustiça, pois violam a confiança e a credibilidade das instituições públicas”. fonte: tjce.jus.br
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