Cooperativa Pirambu Digital expande atividades com ciências e incubadora

A cooperativa atua com serviços de manutenção e suporte de computador

A cooperativa de serviços digitais do Pirambu, bairro de Fortaleza que tem 250 mil habitantes, vai incorporar um Centro de Ciências e Linguagens. A unidade será dotada de laboratórios para aperfeiçoar o ensino de biologia, física, química, matemática, português e inglês dos professores das escolas de ensino médio e fundamental da região. A iniciativa, que é apoiada pela Federação dos Jovens Empresários do Ceará (Fajece) e pelo suplente de deputado federal Ariosto Holanda, vai funcionar na Cooperativa Pirambu Digital (rua Nossa Senhora das Graças, 1097).

Através de emenda parlamentar do deputado, que exerceu o mandato até a data do impeachment da presidente Dilma, foram colocados recursos para pagamento das bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) dos instrutores do Centro de Ciências e Linguagens. Ariosto Holanda deixou a Câmara com a saída de André Figueiredo do cargo de ministro das Comunicações e tem perspectiva de voltar em janeiro na vaga do deputado federal José Arnon, eleito prefeito de Juazeiro do Norte.
As bolsas já estão garantidas e os professores já foram escolhidos, disse o coordenador do programa de extensão tecnológica mantido como recursos do CNPq, João Tavares, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE). O coordenador da cooperativa Pirambu Digital, Fabrício Mendes, informa que a bolsista da área de meio ambiente, Sandra Augusto Té, tecnólogo em gestão ambiental, vai trabalhar no Movimento Emaús com educação ambiental e reciclagem enquanto não chegam os equipamentos do laboratório.
O coordenador da Fajece, Demetrius Jorge Vieira, solicitou ao presidente da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), Beto Studart, os recursos para a aquisição dos laboratórios didáticos, e recebeu a promessa de que será atendido. Mas ainda não foi feita a aquisição. Demetrius Vieira pretende visitar a fábrica de equipamentos educativos de ciências no Rio Grande do Sul.
Enquanto não chegam os laboratórios da Cooperativa Pirambu Digital, as práticas laboratoriais já podem ser iniciadas no Centro de Formação de Instrutores (CFI) do Instituto Centec. A coordenadora do CFI, professora Rita Liduina, informou que terá reunião com os diretores de escolas do Pirambu e vai pedir que incluam na programação dos professores as práticas laboratoriais, no planejamento de atividades para 2017.
O CFI possui laboratórios equipados de física, química e biologia, nos quais o aluno pode comprovar na prática os conteúdos vistos no livro e explicados em sala de aula. Os professores, depois de aprenderem a trabalhar com os equipamentos pedagógicos dos laboratórios, trazer os alunos para as práticas laboratoriais. O projeto Linguagem das Letras e dos Números foi concebido por Ariosto Holanda para melhorar o conhecimento dos professores na área de ciências, de modo a aumentar o nível dos alunos nas três disciplinas e em matemática, português e inglês.
Fabrício Mendes informou que a cooperativa Pirambu Digital e o Movimento Emaús, ao qual está ligada, possui inscrição no cadastro do Ministério do Desenvolvimento Social e estão aptos a receber recursos de emenda. Ao saber que a cooperativa participa de programa do Banco do Nordeste (BNB) de apoio a startups sociais, que apoia tecnologias de impacto social, Ariosto Holanda ofereceu colocar recursos de emenda para a criação de uma incubadora de empresas do Pirambu Digital.
A cooperativa Pirambu Digital atua com serviços de manutenção e suporte de computador, hoje com 25 técnicos distribuídos entre empresas-clientes, entre elas o Grupo Edson Queiroz, Marcola e Faculdade Fanor. Em 2015, a entidade ganhou o prêmio nacional de melhor tecnologia social na categoria Juventude pela Fundação Banco do Brasil.

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