Justiça nega liberdade a acusado de matar a sogra
Acusado contratou homem para matar a sogra
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[caption id="attachment_128093" align="alignleft" width="180"] José Walter dos Santos Morais é apontado pelo Ministério Público do Ceará como mandante do crime[/caption]
O homem acusado de mandar matar a sogra, a professora universitária Maria das Graças Martins Nina, em fevereiro de 2015, teve pedido de liberdade negado pelo juiz da 4ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza. O réu José Walter dos Santos Morais é apontado como o mentor intelectual do crime. Na decisão, o juiz Edson Feitosa dos Santos Filho afirmou não existir ilegalidade na prisão por excesso de prazo.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), o genro da vítima, José Walter, passava por dificuldade financeira na época do crime. Acreditando que poderia obter dinheiro com a morte da sogra, ele teria contratado Francisco de Assis para executar o crime.
Este, por sua vez, buscou a colaboração de Júlio César Menezes de Carvalho, 44, e prometeu uma recompensa financeira a ele. Júlio César se aproximou da vítima e iniciou um relacionamento amoroso com ela.
Encontro
No dia 20 de fevereiro de 2015, Júlio César marcou um encontro com Graça Nina nas proximidades da Rodoviária, no Bairro de Fátima. Conforme o MP, ele estava sendo observado pelo comparsa Francisco de Assis que estava nas imediações. Júlio César e a vítima saíram do local no veículo dela e foram seguidos por Francisco de Assis que estava em outro carro.Os dois automóveis pararam e a dupla praticou o crime. Primeiro, a professora foi sufocada com um arame e depois teve o pescoço atingido por um golpe de canivete. O corpo foi levado no carro da vítima para um terreno no quilômetro 23 da BR 116, em Itaitinga. No local, próximo a um sítio pertencente a Francisco de Assis, foi encontrado o corpo.
O caso foi investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Júlio César foi preso no dia 28 de fevereiro de 2015 e José Walter e Francisco de Assis, no dia 1º de março do mesmo ano.
Na época do crime, a diretora da DHPP, delegada Socorro Portela, explicou que os bens de interesse de José Walter Santos, eram um seguro de vida no valor de R$ 60 mil, uma carta precatória que não teve o valor divulgado e um apartamento avaliado em R$ 500 mil.
Graça Nina já havia registrado Boletins de Ocorrência (B.O.) contra o genro, em 2013. A esposa, filha dela, também já havia registrado um B.O. Contra o homem por ameaça, em 2014.
Denúncia
Uma denúncia do MPCE sobre o caso foi recebida no dia 17 de abril de 2015 em nome de Júlio César e José Walter. As testemunhas foram ouvidas em outubro de 2015 e em fevereiro deste ano. Na ocasião, dois réus prestaram depoimento.
A defesa de José Walter ingressou com pedido de liberdade alegando excesso de prazo na instrução do processo. Ao analisar o caso, o magistrado negou a solicitação da defesa.
No último dia 27, o juiz Edson Feitosa recebeu um aditamento, pedido de inclusão do terceiro réu na ação, Francisco de Assis da Silva Gomes. O magistrado designou o dia 24 de junho para realização de audiência.
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