Justiça determina fim de bloqueio em BRs do Ceará; grupo mantêm barreira

Caminhoneiros em greve mantêm bloqueio no Ceará há mais de 24 horas.

protesto de caminhoneiros na BR 116 km 213 (Foto: Carlos Kotty/VC no G1) Categoria reivindica cobrança mínimo de valores de fretes. Do G1 CE A Justiça determinou nesta sexta-feira (24) que os caminhoneiros em greve deixem as barricadas feitas nas estradas do Ceará para impedir o tráfego de caminhões. Apesar da determinação, um grupo de cerca de 20 pessoas mantém um bloqueio no quilômetro 213 da BR-116, em Tabuleiro do Norte. O bloqueio é um protesto  pela cobrança do valor mínimo de fretes para a categoria De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os agentes dialogam com os caminhoneiros no local para tentar convencê-los a deixar o local, mas vai evitar “fazer o uso da força”. O bloqueio, feito com pneus queimados, dura mais de 24 horas no Ceará. A determinação judicial prevê multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Na manhã da quinta-feira (23), a barricada estava instalada no quilômetro 204 da BR-116. Sem acordo com o governo para a criação de um valor mínimo para o frete, caminhoneiros fizeram um novo dia de protesto pelo país. Além do Ceará, houve protesto também em Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A PRF-CE orienta os motoristas de veículos leves que desviem o tráfego para CE-226. A PRF dialoga com a categoria para evitar a queimada de pneus que formam o bloqueio da pista, o que se configura crime ambiental. O Diário Oficial da União traz nesta sexta-feira resolução regulamentando uma tabela de referência de frete rodoviário, uma das medidas anunciadas pelo governo para tentar acalmar caminhoneiros que protestam contra os baixos valores recebidos pelo transporte de mercadorias. Falta de acordo Representantes da categoria levaram a Brasília, nesta quarta (22), a proposta de fazer uma tabela nacional com preços. Mas, segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, a ideia “não tem apoio constitucional e é impraticável”, devido, por exemplo, às diferenças na qualidade das estradas e dos tipos de cargas transportadas nos diversos pontos do país. “Estudamos muito a proposta (...), mas o fato é que o tabelamento impositivo é impraticável”, disse Rossetto, após reunião com caminhoneiros. Nesta quinta, o ministro voltou a dizer que a reivindicação “não tem respaldo legal”. Segundo Rossetto, o governo respeita o direito de manifestação, mas “todas as forças policiais estão operando” e informaram os caminhoneiros sobre a ilegalidade de qualquer tipo de bloqueio.