Banco de Leite de Juazeiro do Norte sofre com queda no volume de doações

O ideal era ter uma média de 100 litros/mês”, acredita.

Legenda: Para ser doadora, a mãe precista estar saudável, sem fazer uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação - Foto: Antonio Rodrigues

Escrito por Antonio Rodrigues

Com redução de captação até três vezes menor, Hospital Maternidade São Lucas sofre para atender a demanda de 25 leitos neonatais

O Banco de Leite do Hospital Maternidade São Lucas, de Juazeiro do Norte, apresentou redução de doações no mês de dezembro. O total foi três vezes menor que o habitual conquistado pela unidade. A arrecadação semanal que era de cerca de 15 litros de leite, hoje, está com uma média de 5 litros. O número é insuficiente para atender a demanda de 25 leitos neonatais.

De acordo com biomédica, Wellinadia Lima, coordenadora e responsável técnica pelo Banco de Leite, a situação é preocupante, pois, durante o processamento do leite, em sua triagem, parte não é aproveitada, cerca de 5%.

“A capacidade é insuficiente para atender os 25 leitos. A gente acaba priorizando os casos mais graves. O ideal era ter uma média de 100 litros/mês”, acredita.  

A partir de novembro até janeiro, há uma queda nas doações, principalmente por ser período de férias e confraternizações entre as famílias, mas a pandemia da Covid-19 também pode ter impactado, acredita a coordenadora. “A média de 15 litros semanalmente era um bom número”, completa Wellinadia.  

Requisitos 

Para ser doadora, a mãe precista estar saudável, sem fazer uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. “Quando ligam para nós, fazemos um cadastro e uma avaliação, que pode ser por telefone ou WhatsApp. Pegamos todos os dados do pré-natal, exames e refaz alguns para ter maior segurança e realiza o monitoramento”, detalha a coordenadora do Banco de Leite.  

As coletas do São Lucas são feitas de forma domiciliar para que a doadora tenha conforto de retirar em casa. Esse leite é processado em um rigoroso trabalho, seguindo orientações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Vigilância Sanitária, antes de ser distribuído para consumo, principalmente, de bebês prematuros. 

Importância

O aleitamento materno é preconizado, pela Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde, que deve ser exclusivo até os seis meses de vida e complementado até os dois anos de idade ou mais.

“Ele evolui e se modifica conforme a criança vai crescendo. A necessidade nutricional vai se dando no decorrer dos dias e a primeira fase é a mais importante de todas”, ressalta a biomédica.  

O Banco de Leite do Hospital Maternidade São Lucas, além de trabalhar com as doações, realiza capacitações, mostrando a importância do leite materno. “Ele possui proteínas, gordura e água. Não há necessidade de introduzir chá ou água para a criança. Na UTI neonatal já garante uma melhora, já que também tem uso terapêutico”. Para doar, é só entrar em contato pelo telefone: (88) 2131-5035.    

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