Falta de inseticida prejudica controle de lagartas em plantações de Goiás

Cooperativa afirma que demanda foi maior que produção industrial.

Do G1 GO, com informação da TV Anhanguera

Depois de passar o longo período de estiagem, os agricultores de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, estão tendo problemas nas lavouras por causa da chuva. Por causa da umidade, três tipos de lagartas estão atacando as lavouras de soja. Além disso, está faltando inseticida nas lojas de produtos agropecuários da região. Somente em uma unidade, foram vendidos produtos para combater uma área de 70 mil hectares em apenas cinco dias.

“Não estamos encontrando o produto para fazer essa aplicação a mais. E, quando encontramos, não é um produto que faz o controle bom. Estamos com muita dificuldade nisso”, ressalta o agricultor João Carlos Vian, que plantou mais de 2 mil hectares de soja em 2012. A gerente comercial de uma loja confirma o problema. “Foi vendido o dobro de inseticida do que a gente esperava. Se tivesse mais produto, teria vendido”, afirma Renata Ferreira Gomes

Na Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste (Comigo), a procura pelos agrotóxicos para matar lagartas triplicou em relação a safra do ano passado. Segundo a Comigo, os fornecedores não estão conseguindo suprir a demanda. “Normalmente o produtor que fazia em torno de três aplicações para controlar a lagarta está tendo que fazer o dobro. As indústrias não conseguiram produzir a quantidade de produtos compatível com a infestação que houve”, declara o superintendente de insumos cooperativa, Cláudio Teoro.

O agrônomo Ubiratã de Oliveira explica que existe outro procedimento para combater as lagartas, mas durante o período chuvoso é quase impossível. “No período chuvoso as lagartas se multiplicam e alimentam mais e, com isso, acaba ocorrendo mais ataques nas lavouras. Na cultura da soja tem um processo que utiliza fungos para atacar as lagartas, mas para que eles sobrevivam é precisa da umidade”, explica o agrônomo.